Fonte: www.mte.gov.br

No encontro, em Quebec, no Canadá, Paul Singer apresentará a experiência brasileira e a importância das políticas públicas incentivadas pelo Governo Lula .

O secretário Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Paul Singer, participou nos dias 16 e 17 de novembro da Cúpula Mundial de Economia Social e Solidária, em Montreal, no Canadá. Singer relatou a experiência brasileira, destacando as políticas públicas para esse segmento econômico.

Paul Singer ressaltou o impulso da economia solidária no Brasil, principalmente após 2003, quando foi criada a Senaes no início do Governo Lula.

O secretário visita também experiências canadenses de economia solidária, além de aprofundar uma maior aproximação entre os movimentos brasileiro e canadense, fortalecendo os laços entre o Brasil e o Canadá no campo da Economia Social e Solidária. Em Quebec, ele participa da Temporada de Economia Social e Solidária promovida pelo governo canadense.

Alternativa econômica – A Economia Solidária tem-se consolidado como importante alternativa para milhares de trabalhadores no Brasil. Desde o surgimento da Senaes, o governo vem criando vários programas que visam impulsionar as iniciativas autogestionárias.

Atualmente, de acordo com mapeamento realizado pela Senaes, são mais de 15 mil empreendimentos com características solidárias no Brasil, como cooperativas, associações ou administração de empresas falidas, que têm se tornado alternativa de inserção para mais de 1,25 milhão de pessoas em atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito.

“Sem a economia solidária, muitos estariam totalmente desamparados”, afirma Singer.

Para impulsionar a atividade, o MTE tem apoiado, por exemplo, a implantação de espaços que agregam as diversas iniciativas no campo da economia solidária, os Centros Públicos de Economia Solidária, além de projetos de etno-desenvolvimento e autogestão. Essas iniciativas têm como finalidade garantir a melhoria das condições de trabalho, a geração de renda e a segurança alimentar das comunidades, por meio da organização do trabalho e da produção auto-sustentável.

Autogestão – Uma ação que tem obtido grande impacto é o apoio às iniciativas de trabalhadores na autogestão de empresas falidas. Em parceria com a Fundação Banco do Brasil, foram investidos R$ 2,4 milhão no projeto “Ação de Recuperação de Empresas pelos Trabalhadores em Autogestão”, com a finalidade de fortalecer empreendimentos onde trabalhadores se interessam em arrendar e depois adquirir o seu patrimônio para recuperá-las; ou àquelas que já se encontram em processo de recuperação.

O programa possibilita, ainda, a participação dos trabalhadores em cursos de capacitação, oficinas temáticas e intercâmbios de trabalhadores ou estágios cooperativos. Atualmente, são mais de 409 empreendimentos autogestionários, que faturam cerca de 310 milhões de dólares ao ano, Unisol e Anteag, entidades que congregam empresas recuperadas.

Comércio justo – Para a realização de feiras de economia solidária, a secretaria investiu, no ano passado, R$ 900 mil para incentivar a comercialização de produtos feitos por empreendimentos solidários. De setembro a dezembro, foram realizadas 18 feiras nas cinco regiões brasileiras, promovidas por mais de 3.200 empreendimentos econômicos solidários. Este ano, estão sendo investidos cerca de R$1,5 milhão para a realização de 23 feiras até o final do ano.

O apoio às feiras faz parte de uma proposta de promoção da Política Nacional de Comércio Justo, Ético e Solidário, como uma das estratégias para fomentar a economia solidária em todo o país.