Fonte: Mauricio Marcon Rebelo da Silva (mauricio.silva@mma.gov.br)
Há anos as cooperativas de crédito ligadas à agricultura familiar solicitavam que o BNDES passasse a operar as linhas de custeio
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, anunciou na quinta-feira (24 de agosto), em Sarandi (RS), que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está autorizado a operar linhas de crédito de custeio para os grupos D e E do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O BNDES dispõe de R$ 100 milhões para custear a safra 2006/2007.
A nova modalidade de crédito do BNDES dedicada aos agricultores familiares foi normatizada pela Resolução nº 3.393 do Banco Central do Brasil, do último dia 18. Antes da Resolução, o BNDES liberava recursos apenas para linhas de crédito de investimento do Pronaf.
Há muitos anos, as cooperativas de crédito ligadas à agricultura familiar solicitavam que o BNDES passasse a operar também linhas de custeio do Programa. Cassel anunciou essa novidade durante a solenidade em comemoração aos 10 anos da Cooperativa Central de Crédito Rural dos Pequenos Agricultores e Reforma Agrária (Crehnor).
Pronaf grupos D e E
Os grupos do Pronaf que poderão contar com a linha de custeio do BNDES são o D e E. O público-alvo do grupo D são os produtores rurais com renda bruta anual entre R$ 16 mil e R$ 45 mil. Este grupo abrange o custeio de atividades agropecuárias, turismo rural e artesanato, entre outras do meio rural, de acordo com projetos específicos. O crédito para custeio é de até R$ 8 mil.
Já no grupo E estão incluídos os agricultores familiares com renda bruta anual entre R$ 45 mil e R$ 80 mil. O grupo E abrange as mesmas atividades rurais do grupo D. Mas o teto do custeio, neste caso, é de R$ 28 mil.