Fonte: Assessoria de Comunicação do CONSEA, por Luciana Castilho
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou entre os dias 26 e 29 de junho, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Economia Solidária, reunindo 1.112 delegados eleitos nas conferências estaduais. Os debates abordaram o tema do encontro: A Economia Solidária como Estratégia e Política de Desenvolvimento. A conselheira Elza Braga representou o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e estve presente nos dias 26 e 27 de junho, participando da abertura do Evento e do painel “Os Eixos Temáticos da Conferência”.
Representantes do poder público, de entidades e organizações da sociedade civil e dos empreendimentos econômicos solidários de todo o país discutirão a autogestão de empresas por trabalhadores, o microcrédito em bancos comunitários, as redes de produção solidárias e as organizações associativas e o cooperativismo para a construção de um modelo econômico de desenvolvimento sustentável, democrático e socialmente justo.
A Economia Solidária tem se consolidado como importante alternativa de inclusão social para milhares de pessoas que buscam espaço no mercado de trabalho. São mais de 15 mil empreendimentos, entre cooperativas, associações ou administração de empresas falidas, inserindo mais de 1,25 milhão de pessoas em atividades de produção de bens e prestação de serviços, consumo e crédito no país.
Para o secretário Nacional de Economia Solidária (Senaes), do MTE, Paul Singer, sem a economia solidária, muitos trabalhadores estariam totalmente desamparados. Segundo Singer, o governo dá apoio à formação e ao desenvolvimento de empreendimentos solidários, mas deixa que o próprio movimento determine seus rumos e sua dinâmica.
O MTE tem apoiado ações alternativas no país por meio de programas e projetos direcionados à classe trabalhadora com menor oportunidade no mercado de trabalho. A proposta da Senaes, criada pelo governo para dar visibilidade a essas iniciativas, é construir uma rede de Centros Públicos de Economia Solidária como um espaço de agregação das diversas iniciativas da economia solidária.
Levantamento – Mapeamento realizado pela Senaes e pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária permitiu traçar um panorama econômico dos empreendimentos econômico-solidários, demonstrando sua importância para a geração de emprego e renda e inclusão social dos trabalhadores brasileiros, com a finalidade de definir políticas públicas para o setor.
Esse levantamento mostra, por exemplo, que 44% dos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) estão localizados nos estados da Região Nordeste, com predominância para as associações (54%), de grupos ainda sem formalização (32%) e das cooperativas com 10% do total, e que o movimento tem maior força nas atividades de agricultura e pecuária, têxteis, de confecções, calçados e produção artesanal em geral.
Serviço
Data: 26 a 29 de junho
Horário: a partir de 9h
Local: Academia de Tênis de Brasília – Setor de Clubes Esportivos Sul – Trecho 04 – Conj 05 – Lote 1B