Fonte: Shirlei de Almeida (sasilva@marista.edu.br)

Foi dada a largada para a seleção do Programa Petrobrás Fome Zero, o mais concorrido concurso de apoio a projetos sociais do País. Até 14 de julho, propostas de ONGs e associações comunitárias, além de entidades governamentais que atuam no Terceiro Setor, poderão inscrever-se para disputar um patrocínio de até R$ 660 mil por ano.

É a 3ª edição do programa, que esse ano prevê a liberação de R$ 20 milhões para contribuir com trabalhos que tenham por objetivo o combate à fome e à miséria e que desenvolvam ações com foco em uma das três linhas de atuação: educação e qualificação profissional de jovens e adultos, geração de emprego e renda e garantia dos direitos da criança e do adolescente.

A parceria entre a Petrobrás e as instituições tem duração inicial de 12 meses, mas pode ser renovada por até dois anos. Cada organização pode inscrever até três projetos e todos passarão por triagens e pela análise da Comissão de Seleção.

O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, destacou que o principal critério é que os projetos tenham potencial para crescerem e se tornarem auto-sustentáveis. ‘Nosso apoio deve ser um impulso, mas não pode gerar dependência.’

A inscrição para o Programa Petrobrás Fome Zero é gratuita e deve ser feita pela internet, no www.petrobras.com.br/patrociniosocial. O gerente de Responsabilidade Social da Petrobrás, Luís Fernando Nery, sugere que organizações informais (ainda não registradas como ONGs, por exemplo) façam parcerias com entidades juridicamente constituídas. ‘Nas edições anteriores, entre os selecionados há um grande número de projetos multi-institucionais.’

Um dos projetos selecionados em 2004 é o Adoçando a Vida com Dignidade e Cidadania, realizado pela Associação dos Moradores e Produtores de Cacimbas e Região, em Morada Nova de Minas (MG). Milene Dias dos Reis, coordenadora-geral da entidade, conta que o apoio da Petrobrás garantiu a compra dos equipamentos para a fábrica que produz açúcar mascavo e rapadura. ‘Demos um grande salto. Nossa primeira produção foi totalmente vendida para o Governo Federal, para incrementar a merenda nas escolas públicas’, comemora.