Fonte: Hamilton Oliveira (hamilton_feesma@yahoo.com.br)

Cooperativa de trabalhadoras de Lago do Junco fornece kit com pasta, sacola e bloco de notas para a Conferência Estadual

A Conferência do Maranhão será realizada nos dias 3 e 4 de junho, no Auditório das Promotorias, no Jaracati, das 8h às 18h no sábado, e das 8h às 15h no domingo. Terá cerca de 250 participantes entre representantes do Poder Público; de entidades e organizações da sociedade civil; e de empreendimentos Econômicos Solidários e suas organizações de representação. Os participantes virão de todo o Estado organizados em comitivas por regiões de referência: São Luís, Alcântara e Baixada, Baixo-Parnaíba, Médio-Mearim e Tocantina. Nessas regiões, foram realizadas reuniões preparatórias à Conferência.

No Maranhão, já foram mapeados 577 empreendimentos com características de Economia Solidária, com predominância na área rural. Um dos ícones desse segmento no estado são os empreendimentos relacionados à cadeia produtiva do coco babaçu, como a AMTR – Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais, do município de Lago do Junco. “A cadeia produtiva do babaçu é emblemática do potencial desse segmento que já figura na economia maranhense também como exportador”, destaca o professor Marcelo Carneiro, do departamento de sociologia da UFMA.

A AMTR é uma das fornecedoras da Conferência Estadual. As mulheres da Associação fabricaram um kit com sacola, pasta e caderneta para serem usados pelos 250 participantes da conferência. Tudo feito com papel reciclado e à base da fibra da palmeira do babaçu.

O segmento da Economia Solidária reúne um conjunto de práticas produtivas e de comercialização de serviços e produtos que são baseados em princípios como agroecologia, autogestão e cooperação. Nos últimos 16 anos, esse tipo de prática produtiva teve um crescimento da ordem de 86,6% no Maranhão, um crescimento acima da média brasileira no mesmo período, que foi de 85%. Os dados estão registrados no SIES – Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária, do Ministério do Trabalho e Emprego, e mostram a importância estratégica que essas práticas produtivas adquiriram para o desenvolvimento sócio-econômico do estado e do país.