Os movimentos sociais brasileiros reconheceram como legítimo e apóiam o direito do presidente da Bolívia, Evo Morales, de nacionalizar as reservas de petróleo e gás do seu país. O manifesto em solidariedade a Morales foi assinado por mais de 50 entidades do campo e da cidade como a Associação Brasileira de Organizações Não-governamentais (Abong) e representantes da Associação dos Engenheiros da Petrobrás do Rio de Janeiro.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) também assinou o documento e considera a ação de Evo Morales como ?defesa da cidadania?. É o que explica o coordenador em transição da CPT, Isidoro Revers.

?A ação de Evo Morales foi muito importante porque resgata umas das principais riquezas da Bolívia, que não estavam sob o controle do Estado e do povo boliviano. Esta ação ela significou a defesa da cidadania e da soberania boliviana?. No documento, os movimentos sociais reconhecem o direito dos bolivianos de controlarem suas riquezas. Argumentam que este povo passou 500 anos sofrendo “a sangria de seus recursos naturais não renováveis pelas potências coloniais e imperiais”. O manifesto acusa os países europeus de levar os minerais do país, financiar guerras e promover a pobreza local. Os movimentos sociais pedem ainda que o Brasil apóie a decisão de Morales.