Fonte: Repórter da Agência Brasil
Por: Edla Lula
Cooperados e associados em empreendimentos solidários organizam a 1ª Conferência Nacional de Economia Solidária, prevista para acontecer ainda este semestre. Durante a oficina preparatória, encerrada no dia 16 de março, representantes das entidades que vão compor o Conselho Nacional de Economia Solidária discutiram a pauta da conferência.
“A economia solidária é algo muito recente ainda no Brasil. Está em fase de crescimento e, como toda criança, cresce com uma enorme velocidade”, compara Paul Singer, secretário nacional de Economia Solidária. Singer comentou que, para acompanhar esse crescimento, é importante a implementação de políticas públicas que promovam a confluência de iniciativas solidárias.
“São inúmeras iniciativas por todo o Brasil. Muitas vezes essas iniciativas não dialogam porque estamos falando de um país de tamanha dimensão”. Para ele, a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária, tem importância “fundamental” porque é a instância que pode promover o encontro entre as várias experiências.
“Já estamos criando cadeias de produção de determinados produtos que já são comprados pela etapa seguinte da produção”, citou, para exemplificar a necessidade de diálogo entre os vários empreendimentos.
Na oficina, foram expostas 25 histórias de diferentes iniciativas que deram certo. Outro assunto tratado na oficina é a instalação do Conselho, criado junto com a secretaria, mas que até hoje não foi implantado. O conselho tripartite terá a função de ser o interlocutor permanente entre a Ministério do Trabalho , o governo e os setores da sociedade civil que atuam em prol da economia solidária, propondo diretrizes para as políticas públicas no setor e acompanhando sua execução.
Compõem o Conselho, além de órgãos do governo, representantes da sociedade civil, como a Rede de Gestores de Políticas de Fomento à Economia Solidária, dos empreendimentos, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, Rede Mulheres Economia, Movimento Nacional de Catadores, Movimento Nacional Quilombolas, Rede de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, Associação Brasileira de Entidades de Microcrédito e a Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong).