Fonte: Pastoral Operária de Minas Gerais (pomg@terra.com.br)

A história do 1º de Maio é uma história que conta à luta d@s trabalhador@s contra a exploração, as péssimas condições de trabalho e os baixos salários.

Desde 1982 é lembrado e comemorado internacionalmente. No Brasil foi comemorado pela primeira vez em 1984, em São Paulo.

O 1º de Maio celebra a luta d@s trabalhador@s. A luta pelo direito a ter um trabalho com remuneração justa. A luta das mulheres. A luta por condições de moradia, saúde e escola. A luta pela organização nos bairros, na cidade e no campo, no local de trabalho e no sindicato.

O 1º de Maio lembra @os trabalhador@s que já lutaram e deram suas vidas pela causa d@s trabalhador@s. Suas vitórias e suas derrotas. Lembra, a nossa luta de hoje para conquistar melhores condições de vida, de justiça, direito ao trabalho e por melhores condições de trabalho.

Que o primeiro 1º de Maio de 2006 tenha reacendido a chama de esperança e de força da classe trabalhadora. Recriando e renovando o 1º de Maio a cada novo ano, devemos buscar formas novas de comemoração e de luta, nas quais @ trabalhad@r se reencontre, identifique e que seja prazeroso.

Principalmente porque sentimos e sabemos que o desemprego se apresenta ameaçador para cada cidadã@, conseqüentemente, para a família. Uma situação em que se encontra a maioria da população brasileira. Miséria esta fruto da forma como o país veio sendo organizado e das opções que veio sendo tomadas por aqueles que comandam, mas também, pela aceitação destas decisões pela população.

O 1º de Maio não pode cair num lugar comum e nem perder seu sentido histórico como o DIA INTERNACIONAL DE LUTA E COMEMORAÇÃO D@S TRABALHADOR@S.

O 1º de Maio é a celebração do grande conflito ocorrido em 1886, na cidade de Chicago, entre aproximadamente 500 mil trabalhadores de um lado, e do outro o empresariado e o governo norte-americano. O que era para ser uma simples reivindicação da redução da jornada de trabalho para 8 horas – que variava de 14 a 18 horas por dia – transformou-se num verdadeiro massacre, devido à violência policial, culminando com o ferimento e a morte de dezenas de trabalhadores. O retorno às manifestações de rua no dia 04 de maio do mesmo ano, provocou novo confronto com as forças policiais e a prisão de sua liderança, os “Oito de Chicago”.

A Justiça norte-americana mostrou sua parcialidade ao condenar aqueles trabalhadores à morte por enforcamento para 05 deles, e à prisão perpétua para os outros três. Para o governo e os patrões dos Estados Unidos, a greve não era caso político-econômico-social. Para eles, greve era caso de polícia.

O que fez mudar a farsa da “Justiça” americana foi à persistência daqueles operários e a solidariedade operária internacional. Sobre pressão nacional e internacional, o governo foi obrigado a anular o 1º julgamento e reiniciar o processo que inocentou os trabalhadores, transferindo a culpa para o governo e o patronato.

No ano de 1889, reunido em Paris, o Congresso Internacional Operário Socialista decidiu instituir o dia 1º de Maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores, que deveria ser celebrado como um dia de luto, em memória dos seus mártires, e de reafirmação das lutas em busca de justiça. Percebendo que o fato teria conseqüências favoráveis ao avanço das lutas operárias no mundo inteiro, os governos capitalistas decretam o dia 1º de maio como dia feriado. Promovendo desfiles, shows e festas, de tudo fazem para eliminar da consciência dos trabalhadores o sentido da luta de classes que ali estava e está colocado.

No Brasil não tem sido diferente. Desde os tempos de Getulio Vargas, principalmente durante o tempo do Estado Novo, de ditadura, as comemorações do 1º de Maio se davam nos estádios de futebol onde Getúlio dirigia seus discursos aos trabalhadores brasileiros. Durante a ditadura militar, coube aos interventores – traidores da classe na época – de tudo fazer para impedir as comemorações classistas do 1º de Maio. Transformando os sindicatos em meros instrumentos de assistência social, ludibriavam a boa fé dos trabalhadores menos avisados.

Atualmente, com este intuito de escamotear o verdadeiro sentido histórico do Dia d@ Trabalhad@r, vem se organizando as comemorações do 1º de Maio, animadas com mega-shows, artistas populares, sorteio de carros, de apartamentos e de eletrodomésticos doados pelas montadoras e pelo empresariado, dizendo ainda, que o 1º de maio é “dia do trabalho”.