Fonte: Maure Pessanha (11-5189-1461 – www.ashoka.org.br)

No Brasil, desde sua criação em 2000, o Prêmio Empreendedor Social Ashoka-McKinsey já recebeu 1058 inscrições e contou com a participação de 295 organizações da sociedade civil, além da colaboração voluntária de mais de 100 profissionais da McKinsey. Nesta quinta edição, o Prêmio conta com a parceria da Fundação Artemísia, Fundação Avina, Mirando al Futuro Save the Children Suecia, Natura Cosméticos e Oxfam e o apoio de Hill & Knowlton.

"O Prêmio Empreendedor Social Ashoka – McKinsey é um concurso que identifica, capacita e apóia organizações da sociedade civil a planejar e implementar profissionalmente suas idéias, aliando sustentabilidade, geração de recursos e impacto social. Além disso, o Prêmio visa estimular a mobilização de recursos locais por parte das organizações da sociedade civil e contribuir para a ampliação de sua base cidadã", afirma Ane Ramos, Coordenadora do Centro de Competência para Empreendedores Sociais Ashoka – McKinsey.

"É extremamente rico ver uma ferramenta própria do setor privado ser adotada e aplicada no setor social. Acho que isso é um desafio para todos os envolvidos e um ganho para McKinsey, pois é uma experiência que – fora deste contexto – não teríamos a oportunidade de viver" afirma Andréa Waslander, Gerente de Serviços de Pesquisa e Informação da McKinsey.

Este ano, pela primeira vez, o Prêmio acontece simultaneamente em 6 países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai. Todos os concursos terão vencedores locais.

No Brasil, o concurso terá duração de nove meses e as equipes participantes serão formadas por dois representantes de cada uma das 20 organizações da sociedade civil selecionadas na etapa preliminar. Todas as equipes participarão de treinamentos como forma de adquirir ferramentas e aprendizado no desenvolvimento de planos de negócio com o apoio de profissionais da McKinsey.

Ao final do concurso, todas organizações participantes terão um plano de negócio pronto para ser implementado e apresentado a potenciais financiadores. As três equipes vencedoras também recebem prêmios em dinheiro para implementar o negócio. Todos os ganhadores dos concursos realizados na América Latina terão a oportunidade de participar de um Círculo de Aprendizagem Regional para compartilhar suas experiências e buscar sinergias em suas ações. O resultado deste intercâmbio será difundido através de publicações e eventos regionais.

O concurso é aberto para todas as organizações e associações da sociedade civil sem fins lucrativos e cooperativas que tenham sede no Brasil. As organizações que já participaram do Prêmio podem voltar a concorrer desde que se apresentem com novas idéias de planos de negócio.

As inscrições devem ser feitas pelo site www.empreendedorsocial.org.br até o dia 28 de abril

O Depoimento da Associação Lua Nova – (www.luanova.org.br)

No ano passado, a organização vencedora do Prêmio Empreendedor Social foi a Associação Lua Nova com o plano de negócio: Empreiteira Escola. A idéia é uma alternativa de sustentabilidade para a Associação Lua Nova – entidade que apóia jovens mães solteiras – e ao mesmo tempo um caminho que demonstra o quanto pode ser viável capacitar e acompanhar um grupo de jovens mães na construção de suas próprias casas.

Com o plano de negócio elaborado e finalizado no Prêmio, a Lua Nova estabeleceu uma parceria com a Faculdade de Engenharia de Sorocaba. Além desta, empresas da região como Minercal, Metso e Alcoa, identificaram na construção civil um elemento de convergência com o seu negócio e nas mulheres um público potencial importante para investimento e atuação. A união com estas empresas que, além de recursos econômicos, ofereceram matéria-prima, articulações, recursos técnicos e infra-estrutura, potencializou a proposta da Empreiteira Escola culminando na negociação de uma parceria com a Petrobrás. Esta por sua vez, apostou na capacitação profissional das jovens investindo na sua formação e contribuindo para reverter um quadro que hoje é o foco de inúmeras problemáticas e injustiças sociais.

Esta é a nova revolução que Raquel Barros, empreendedora social da Associação Lua Nova e vencedora do Prêmio Empreendedor Social Ashoka-McKinsey 2004-2005, está criando para possibilitar que jovens mães e seus bebês possam começar uma nova vida em sua própria casa.