Fonte: Boletim Informativo da ANTEAG, nº 4

Cerca de 350 t r a b a l h a d o r e s , representando empresas recuperadas, associações, representantes de trabalhadores e governos da Brasil, Argentina, Cuba, Venezuela e Uruguai se reuniram de 11 a 13 de dezembro, em São Paulo, no I Seminário Latinoamericano de Empresas Recuperadas por Trabalhadores.

O evento foi promovido pela Associação Nacional de Trabalhadores e Empresas em Autogestão (ANTEAG), Central de Cooperativas e Empreendimentos de Brasil (UNISOL) e Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES) do Ministério do Trabalho e Emprego.

Na abertura o ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho falou do sonho de que a economia solidária possa, um dia, influenciar no rumo da economia do nosso país. “Os trabalhadores não precisam de favores do estado, mas é seu direito legítimo e o estado deve olhar com atenção para criar condições de termos empresas com responsabilidade social, que possam influenciar nos rumos e no futuro da economia brasileira.

Ivan Westphal, mesa de abertura destacou a importância do momento histórico que estamos vivendo: “acredito que esse encontro seja um marco do início de um novo momento para a autogestão tanto para o Brasil quanto para a América Latina. Nós estamos atingindo um grau, que acredito, seja um momento de libertação efetiva dos trabalhadores da autogestão, no sentido de conquistar de vez a sua.

O presidente da ANTEAG aproveitou para falar ao ministro: “O que eu tenho a dizer, senhor ministro, é que esses trabalhadores que estão aqui hoje, têm uma esperança muito grande nas políticas públicas que esse governo tem para oferecer a eles, a esse modelo de segmento, à autogestão que está se estabelecendo no Brasil”.

Ainda na abertura do seminário, a chefe do Departamento de Economia Solidária do BNDES Ana Maria Rodrigues da Costa anunciou o Programa de Apoio a Empreendimentos Autogestionários do banco que tem prevista a liberação empresas. Ana Maria afirma: “o programa é de extrema relevância porque a idéia é trabalhar em sinergia com o programa do Ministério do Trabalho de apoio a empresas recuperadas pelos trabalhadores em autogestão. Para que, assim, eles possam trabalhar de forma cada vez mais articulada e que o BNDES possa apoiar cada vez mais empreendimentos”.

A boa notícia foi para a CTMC, cooperativa associada à ANTEAG que, segundo Ana Maria, teve aprovado seu pedido de financiamento para compra do parque fabril, capital de giro e compra de equipamentos. A verba prevista para essa operação é ” esse encontro é um marco do início de um novo momento para a autogestão tanto para o Brasil quanto para a América Latina”