Fonte: Cáritas Notícias (www.caritasbrasileira.org)

De 14 a 27 de agosto será realizado o 3º módulo de capacitação do Programa de Segurança Alimentar e Nutricional (PSAN), em Conceição do Coité (BA). O encontro, que vai reunir cerca de 100 agentes mobilizadores dos Estados de Sergipe, na primeira semana, e da Bahia, na segunda, encerra a meta de formação do projeto “Sistemas Coletivos de Produção nos Acampamentos e Assentamentos da Reforma Agrária”. O projeto é fruto do convênio entre a Cáritas Brasileira e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Nesta última edição, o curso vai abordar os recursos genéticos e produção de sementes, a implantação de campos de sementes, testes de variedades e melhoramento genético. O objetivo é valorizar a cultura e a prática dos agricultores familiares na produção e seleção de sementes, tendo em vista sua soberania.

Em fevereiro foi realizado o seminário de mobilização e capacitação das famílias assentadas e acampadas, quando foram definidas as áreas de intervenção do projeto. Além da apresentação do PSAN e do planejamento de ações, o seminário abordou questões sobre a conjuntura política, agricultura familiar e agroecologia.

O primeiro módulo de capacitação discutiu a metodologia participativa a partir da educação popular de Paulo Freire, da pedagogia da alternância e educação ambiental; sistemas produtivos diversificados, sistemas de irrigação econômica e elaboração de projetos. O segundo encontro teve como tema hortas de plantas medicinais, remédios caseiros e viveiros de mudas, com o objetivo de capacitar técnicos mobilizadores para implantar hortas por meio de técnicas de produção, manejo e cultivo de plantas medicinais, reflorestamento e produção de remédios caseiros e medicina preventiva.

O PSAN é um programa de estruturação dos sistemas coletivos de produção em núcleos comunitários de famílias acampadas/assentadas no Semi-Árido dos Estados de Bahia e Sergipe para auto-abastecimento, comercialização de excedentes em feiras comunitárias locais e reflorestamento em áreas degradadas, por meio de plantas nativas da caatinga e do resgate de sementes crioulas, visando a promoção da segurança alimentar e nutricional dessas famílias, norteado pelos princípios da solidariedade, liberdade e participação social.