Fonte: Eliel (eliel@cese.org.br)

“Solidariedade e Paz” é o tema da campanha da fraternidade 2005, com o lema: “Felizes os que promovem a Paz”. A campanha ecumênica está sendo realizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). É a segunda vez que a as igrejas cristãs do país unidas com a CNBB realizam a campanha. A primeira foi no ano 2000. Os recursos coletados serão destinados a projetos de educação pela paz, defesa da cidadania e dos direitos humanos e em defesa das vítimas da violência e da exclusão social. Para viabilizar o uso destes recursos foi criado o Fundo Nacional de Solidariedade Ecumênico, que será administrado por Cáritas Brasileira e CESE, e se incumbirão da análise e recomendações sobre os projetos apresentados, cuja aprovação estará a cargo de um Conselho Gestor ecumênico.

Os projetos que forem apresentados para acesso aos recursos do Fundo Ecumênico de Solidariedade devem ter vinculação direta com o tema Solidariedade e Paz e estar voltados para os segmentos mais empobrecidos da sociedade brasileira. As organizações devem explicitar essa vinculação na justificativa e/ou na proposta do projeto, conforme orientação no roteiro de projetos da CF2005 Ecumênica. Serão consideradas as propostas que visem mobilizar a sociedade em torno de alternativas para a superação das mais variadas formas de violência e construção de uma cultura de paz.

São três grandes eixos orientadores das ações de apoio aos excluídos: Educação para a Paz; Cidadania e Direitos Humanos; Vítimas da Violência e exclusão social. Estes eixos são complementares podendo conter ações de diferentes tipos. Seguem alguns exemplos:

a) Educação para a paz – iniciativas que procuram incentivar uma cultura de Paz:

· Campanhas, mobilizações, jornadas, conferências, cursos, iniciativas de paz nas escolas, igrejas, grupos interétnicos, comunidades locais e na sociedade.

· Organização de territórios de paz (definir um território físico bairro, povoado, região – identificar as violências que ocorrem, e a partir do diagnóstico, organizar processos de construção de paz).

· Formação de grupos ecumênicos, fóruns para a construção de paz.

b) Cidadania e Direitos Humanos: realizar pressão por políticas públicas de inclusão e segurança social, a exemplo da luta pelo Estatuto do Idoso e da Criança e Adolescente; acessibilidade às pessoas com deficiência.

c) Vítimas da violência e exclusão social – potencializar ações comunitárias:

· Em localidades atingidas fortemente pela violência urbana ou rural;

· Nas prisões e/ou com egressos do sistema penal;

· Contra a violência policial;

· Exploração sexual infanto-juvenil;

· Para a superação da violência doméstica, especialmente contra as mulheres;

· Que visem a superação do racismo, da intolerância religiosa e outras formas de preconceito e discriminação

· Alternativas ao trabalho escravo, trabalho infantil, trabalho desprotegido.

Mais informações no site da CESE: www.cese.org.br