Fonte: Adital Notícias, 20 de maio de 2005 (www.adital.com.br)

A Central de Trabalhadores Argentinos (CTA), em recente reunião de seu Conselho Federal, reafirmou sua identidade como ferramenta de construção dos trabalhadores, na disputa contra o bloqueio hegemônico de poder, a defesa da autonomia da Central frente aos patrões, os partidos políticos e o Estado; e elaborou um plano de atuação com mobilizações nacionais. Foi convocada, para 9 de junho, uma Jornada Nacional de Manifestação, com marchas e atos em todas as províncias do país. O titular da Central, Víctor De Gennaro, disse que os protestos serão "para quebrar esta injusta distribuição da riqueza e que necessitamos discutir aumento salarial, mas também a universalidade do salário familiar, o aumento para os aposentados, o aumento dos planos de emprego e por suposta liberdade e a democracia sindical que permita aos trabalhadores organizarem-se e lutarem por seus direitos".

Os trabalhadores pedirão uma reunião com o Conselho de Emprego, em que discutirão o aumento do salário mínimo para 772 pesos, e levarão à sede do Ministério do Trabalho da Nação e à sede da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as assinaturas recolhidas para que o governo reconheça as cerca de 2.000 organizações sindicais da Argentina que, hoje, só estão inscritas.

Manifestações organizadas por entidades que fazem parte da CTA também deverão ter participação massiva. Como na de hoje, em que os professores farão uma paralisação para pedir "o fim do modelo educativo menemista e uma lei que defenda a educação pública e contemple o ingresso dos professores". Está programada, para 20 de junho, uma marcha organizada pelo Movimento Nacional dos Garotos do Povo, que partirá da cidade de Tucumán e irá até a Praça de Maio em 1° de julho.