As 12 organizações e redes que participam da coordenação nacional do Fórum Brasileiro são as seguintes:

  1. A RBSES – Rede Brasileira de Socioeconomia Solidária foi criada em 2000, num encontro nacional em Mendes, onde se tirou a carta de princípios, o funcionamento e a agenda da rede. Ela foi o resultado de um esforço de animação e articulação de várias forças envolvidas e/ou interessadas no desenvolvimento das práticas da economia solidária, e hoje reúne centenas de pessoas, empreendedores, mediadores, pesquisadores, entidades, tendo a internet como veículo principal de comunicação. Essa rede teve em especial o PACS e a FASE, enquanto instituições de expressão nacional, como seus principais protagonistas.
  2. O PACS – Políticas Alternativas para o Cone Sul, atua também na articulação do movimento Jubileu Sul de combate à divida externa e ao acordo da Alca. Ele integra uma das redes internacionais cuja plataforma se alia às lutas por um mundo justo e tem forte presença nessas articulações, o que contribuiu para reunião delas durante o I Fórum e para a decisão da criação da rede global. O PACS tem sido um dos elos principais de ligação internacional do GTBrasileiro.
  3. A FASE – Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional, organização quinquenária de atuação junto aos movimentos populares, sindicais e ambientais, traz, na sua história o apoio às ações comunitárias, entre elas, de atividades produtivas, a agricultura fami.liar, as compras comunitárias e desenvolveu, nos anos 90, um banco de dados – Geração – de iniciativas de Trabalho e Renda e articula um projeto de diálogo entre pesquisadores e movimentos sobre a sustentabilidade e democracia, o PBDS. A FASE também administra um fundo de apoio a pequenos projetos nacional e edita revista já consagrada entre as organizações dos movimentos sociais, a PROPOSTA, veículo de disseminação da Economia Solidária.
  4. A ANTEAG – Associação Nacional dos Trabalhadores de Empresas em Auto-Gestão, tem mais de 10 anos de existência e nasceu como resposta de parte do movimento sindical às situações de falência de empresas. Surge no interior do DIEESE, órgão de assessoria sindical, e passa, paulatinamente a ser assumida pelos próprios trabalhadores do conjunto de dezenas de empresas articuladas. Foi uma das principais entidades promotoras das ações de formação para a auto-gestão e fomento da Economia Solidária no governo do RS. Teve parte de seu trabalho avaliada pelo IBASE.
  5. O IBASE – Instituto Brasileiro de Análises Sócio-Econômica, criada pelo Betinho, no início dos anos 80, tem oferecido avaliações de programas governamentais de diferentes políticas públicas, entre elas, os de Trabalho e Renda. Realizou,em meados de 90, a primeira avaliação do PROGER – Programa de Geração de Emprego e Renda do Ministério do Trabalho, com recursos do FAT, além de participar da coordenação internacional do FSM e ter papel protagonista no Fórum Nacional de Segurança Alimentar. Este fórum é herança da mobilização da Cidadania Contra a Fome, hoje reeditada pela CNBB com o nome de MUTIRÃO e incorporada nas ações de governo do Programa FOME ZERO, cuja contribuição da ótica da Economia Solidária em suas ações estrututurantes é cada vez mais evidente.
  6. A Cáritas Brasileira, organismo internacional que no Brasil está vinculada à CNBB, atuando fundamentalmente junto à populações excluídas, vem, desde 1980, promovendo a organização de grupos associativos no campo e na cidade através dos seus fundos de mini-projetos ou projetos alternativos comunitários (PACs) em quase todos os estados brasileiros com incidência maior no Nordeste e no Rio Grande do Sul, onde surge com maior peso, a articulação da economia popular solidária. A Cáritas contribue também, na perspectiva do desenvolvimento local sustentável, com a ASA (Articulação dos Fóruns do Semi-Árido) no Nordeste, com as articulações e fomento das associações e cooperativas de catadores de papel e material reciclável em várias partes do país e com fortalecimento do cooperativismo nos assentamentos da Reforma Agrária, em alguns deles juntos com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e com Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ( MST).
  7. O MST/Concrab – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Confederação das Cooperativas da Reforma Agrária Brasileira. A luta pelo acesso à terra e pela organização ds produção rural familiar e solidária, tem feito do MST um dos principais atores da resistência e transformação do campo numa pespectiva sustentável ambiental e socialmente justa. Sua presença na articulação da Economia Solidária é mais forte e visível nas bases estaduais.
  8. A ITCP – Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, tem a peculariedade de unir a pesquisa tecnológica à perspectiva da cooperação e do popular, reunindo professores, pesquisadores e universitários no apoio à iniciativas nascentes da Economia Solidária. Recentemente estruturou-se como rede nacional com identidade própria.
  9. A ADS/CUT – Agência de Desenvolvimento Solidário, da Central Única dos Trabalhadores, traduz o esforço de parte do movimento sindical dos/as assalariados/as de buscar alternativas aos desempregados e/ou precarizados. Sua criação é recente e as agências estaduais implantadas concorrem com recursos, diagnósticos, elaboração de projetos e assistência técnica oferecidos e, em alguns casos, partilhados com outras organizações, entre elas, a UNITRABALHO.
  10. A UNITRABALHO reúne, há mais de 5 anos, pesquisadores das universidades voltados para as questões do trabalho, tendo sido a principal organização de avaliação do Planfor/FAT (Programa Nacional de Formação Profissional). Tem desenvolvido projetos de mapeamento das iniciativas de economia solidária no Brasil, promovido pesquisas e seminários sobre o tema e, como a ITCP, tem experiências de Incubação de Cooperativas. Participa mais recentemente do GTBrasileiro.
  11. A Rede Brasileira de Gestores de Políticas Públicas da Economia Solidária, composta por representantes de administrações estaduais e municipais que assumem políticas e programas de apoio à economia solidária, vinha acompanhando as articulações do GTBrasileiro, antes da sua constituição, que é, formalmente, recente. Reúne mais de duas dezenas de representações e grande parte dela teve papel fundamental no apoio às mobilizações estaduais que confluíram para a constituição do Fórum Brasileiro.
  12. A ABCRED – Associação Brasileira de Instituições de Micro-Crédito, também de constituição recente, passou a participar do GTBrasileiro a partir da I Plenária Nacional da Economia Solidária, em dezembro de 2002. É formada por agências operadoras de crédito popular governamentais ou não governamentais e se propõem a articular experiências e políticas governamentais que favoreçam as estratégias da economia popular e solidária.