Fonte: Eliel (eliel@cese.org.br)

O Governo de Minas, através da polícia militar, mais uma vez demonstra para a sociedade a forma com que trata os movimentos sociais. Essa polícia, sustentada com dinheiro dos trabalhadores, mas a mando da elite, agiu mais uma vez de forma arbitrária.

Na madrugada do dia 07 de junho, cerca de 30 famílias quilombolas, que lutam pela regularização de seus territórios, ocuparam uma terra improdutiva no município de Porteirinha. Elas foram despejadas forma violenta e sem ordem judicial pela Policia Militar de Minas Gerais sobre a “fiscalização” direta dos latifundiários locais. Os novos “Capitães do Mato” prenderam 9 pessoas e deixaram mulheres e crianças em situação degradante e humilhante, tendo ainda que suportar a zombaria dos Policiais e latifundiários. Os quilombolas foram colocados no Batalhão de Porteirinha antes de irem para Delegacia. No Batalhão, todos algemados, foram expostos aos fazendeiros, numa situação humilhante e revoltante. Com a morosidade do Governo Federal e Estadual no processo de regularização dos territórios Quilombolas, a situação cada vez mais se agrava, os negros estão vivendo em situação desumana, encurralados pelo latifúndio que a muito tomaram suas terras. O Estado não cumpre a lei que define a regularização dos territórios. O Governo Aécio Neves mostra mais uma vez pra que veio!!!!!!

Exigimos a regularização dos Territórios Quilombolas!!!!

Exigimos punição aos Policiais, Latifundiários e Pistoleiros!!!!

Assinam: Federação Quilombola do Estado de Minas Gerais, Associações Quilombolas do Gurutuba e Brejo dos Crioulos, as comunidades de Brejo Grande, Brutia, Poções, São Geraldo, Lapinha, Puris, Ilha da Ressaca, Ilha da Ingazeira, Arapuim, Verde Grande, Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, Coletivo Jovem pelo meio ambiente, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha, ACEBEV, Caritas Diocesana de Janaúba, Conselho Estadual das Comunidades Negras, MST.