Fonte: Lycia Ribeiro (lyciaribeiro@uol.com.br)

Fortaleza está assumindo uma posição exemplar num campo que a cada dia se consolida como estratégico para o desenvolvimento local: o microcrédito. Experiências do terceiro setor, como as do Banco Palmas, que atua na região do Conjunto Palmeiras, e da Agência de Desenvolvimento Local e Socioeconomia Solidária (Fundesol), cuja área de ação é o Grande Bom Jardim, e do poder público, como as do Banco Popular do Brasil e do Banco do Nordeste, mostram que se pode aliar com sucesso conceitos financeiros aos do desenvolvimento social. E se tornaram modelos nacionais. Pois bem, quando junho chegar haverá uma nova referência. É que a Fundesol vai inaugurar no número 5623 da Avenida Osório de Paiva sua nova sede. Serão 1.374 metros quadrados distribuídos em dois pisos, auditório com 130 lugares e 15 lojas para locação, nas quais serão vendidos produtos da comunidade.

Horizonte

A perspectiva da Fundesol é que o Centro de Economia Popular e Solidária, como se chamará a nova sede, triplique o volume de atendimentos no Grande Bom Jardim. Em 2005, foram emprestados R$ 512,3 mil a 650 pessoas – uma média de R$ 788 por operação. De 2002 a 2005, o crédito concedido chega a R$ 900 mil, para cerca de três mil clientes.

Apoio

A construção do Centro de Economia Popular e Solidária vai custar R$ 501 mil. O valor é enxuto. As obras tiveram início em fevereiro passado e estão sendo asseguradas por recursos da própria Fundesol, Associação Tempos Novos, uma organização não-governamental italiana e do Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza, ONG do Bom Jardim.

Velinhas

A Fundesol está completando quatro anos. Começou modesta, mas ampliou de forma progressiva seu potencial de gerar renda. Em 2005, implantou um cartão de crédito que circula entre moradores e comerciantes do Grande Bom Jardim. E com bons resultados: R$ 175 mil de negócios gerados. O dinheiro, observe-se, girou na região.