Por Secretaria Executiva do FBES
Metade dos estados já realizaram suas plenárias estaduais, com a participação de mais cerca de 1000 pessoas nas 13 plenárias estaduais que ocorreram desde agosto até início de setembro. Isso representa um total de mais de 167 plenárias locais, estaduais, de balanço e temáticas realizadas, ou seja, 86% de realização do cronograma nacional.
Os destaques nos debates foram diversos e os estados que já realizaram suas plenárias seguem em período de sistematização para posterior publicação de suas cartas políticas e relatórios estaduais das plenárias de economia solidária.
Um balanço ainda preliminar deste grande e importante processo para o fortalecimento do movimento de economia solidária no Brasil é que os estados estão promovendo debates participativos e enriquecedores, com a participação de pessoas novas integrando o movimento de economia solidária e com o reconhecimento de avanços sobre o tema da formação, identidade e pauta política. Os estados que já realizaram suas plenárias tiveram a participação efetiva de outros movimentos sociais, como indígenas, quilombolas, mulheres, juventude, entre outros.
Os estados também aproveitaram a oportunidade da V Plenária para avançar e fortalecer a estruturação da economia solidária a nível estadual, como no Rio Grande do Norte que lançou a campanha pelo fundo estadual e na criação de Grupos de Trabalho, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul que debateram sua organização e Pernambuco e Amazonas que realizaram um dia de formação antes do início da plenária.
O exercício de militância e autogestão para realizar as plenárias foi unânime em todos os estados, muitos deles sem contar com apoio externo ou do governo. Vale destacar que na plenária do Espírito Santo houve a participação da senadora Ana Rita e no Mato Grosso do Sul de um deputado.
Com relação a novidades e destaques na Plenária, o Rio Grande do Sul propôs que movimentos sociais podem ter direito a voz e voto, o Tocantins propôs um modelo de organograma para o FBES com a organização por cadeias produtivas e redes em todos os segmentos que participam do FBES, além de propor a criação de fóruns regionais, o que também veio como proposta do Mato Grosso do Sul. Ainda sobre organicidade, alguns estados estão propondo uma estrutura menor de coordenação nacional e executiva, de forma que fique mais enxuta e operacional.
Um dos pontos polêmicos em diversas plenárias é sobre a participação dos gestores nos fóruns e na estrutura do FBES. Ainda sobre a relação com o governo, Tocantins avaliou que a institucionalização está enfraquecendo o movimento, dando uma orientação que não é dos trabalhadores/as da economia solidária, por exemplo, pautado no assistencialismo e no combate a pobreza.
Os desafios do processo rumo à V Plenária Nacional de Economia Solidária são diversos, que vão desde a infra-estrutura e na viabilidade da participação de todos trabalhadores/as da economia solidária do país, o momento político eleitoral que dificulta uma maior mobilização e o aprendizado na moderação e condução tanto local quanto nacional do processo da V Plenária.
Até o final deste mês é esperado que os estados encerrem suas plenárias estaduais e a comissão nacional organizadora terá a tarefa de organizar o acúmulo dos estados para levar a V Plenária Nacional de Economia Solidária, que ocorre entre 9 a 13 de dezembro em Luziânia, Goiás.
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