Fonte: Agencia de Notícias do Estado do Paraná
O secretário estadual do Trabalho, Luiz Claudio Romanelli, entregou na quarta-feira (16) ao ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, em Brasília, série de projetos direcionados à qualificação de trabalhadores. Uma das reivindicações é a qualificação de 16,1 mil jovens, por meio do programa Pró-Jovem Trabalhador, orçado em R$ 14,5 milhões, contando ainda com a contrapartida do Tesouro Geral do Estado, de R$ 2,9 milhões.
Segundo Romanelli, garantir a inserção de trabalhadores nos novos postos de trabalho que surgem neste momento de crescimento da economia paranaense é uma de suas principais metas na Secretaria. “O trabalhador tem pressa e o mercado de trabalho também. Em pouco mais de um mês já foram elaborados diversos projetos e aqueles já existentes estão sendo aprimorados. Agora, contamos com o apoio do governo federal para colocar tudo em prática o mais breve possível”, afirma.
O Passaporte para o Trabalho, proposta entregue ao ministro, é uma nova dinâmica na política pública de qualificação profissional, com objetivo de tornar mais rápido o processo de contratação. Em parceria com empresas públicas e privadas, o Governo do Estado vai capacitar o candidato, de acordo com a qualificação exigida para a vaga. “Trata-se de um projeto piloto, orçado em R$ 4,4 milhões, e que certamente terá a metodologia como modelo nacional. Serão 600 mil horas/aula em todos os setores da economia, para 5 mil paranaenses de todas as regiões”, explica o secretário.
Para a Copa de 2014, a meta do Governo do Paraná é qualificar 16.668 pessoas, para funções como motorista, cozinheiro, garçom, camareiro, cobrador, recepcionista e vendedor. Já em relação ao setor sucro-alcooleiro, a intenção é realizar uma capacitação direcionada ao processo de mecanização da colheita, tendo em vista que o Paraná encontra-se em segundo lugar no ranking nacional de produção de cana-de-açúcar, com 32 usinas instaladas, envolvendo milhares de trabalhadores.
O secretário entregou ainda uma solicitação de credenciamento para 40 Agências do Trabalhador, que já estão sendo instaladas pela secretaria e mantidas com recursos próprios dos municípios. “É indispensável a abertura de novas unidades de atendimento, para garantir acesso aos serviços gratuitos do Sistema Nacional de Emprego perto da residência do trabalhos”.
ECONOMIA SOLIDÁRIA – Para a segunda quinzena de março, está prevista a reformulação da pasta, que passará a ser Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Economia Solidária. O secretário Romanelli convidou o secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Israel Singer, para visitar o Paraná durante este período. A nova estrutura prevê a criação de um Conselho Estadual de Economia Solidária e de um projeto de lei estadual que instituirá a Política de Fomento da Economia Solidária no Paraná.
Ainda em Brasília, Romanelli apresentou um projeto para realização de feiras regionais de economia solidária. Inicialmente, serão nove eventos, com valor previsto de R$ 501,7 mil. “A economia paranaense já conta com 808 empreendimentos solidários, que agregam cerca de 40 mil trabalhadores. É dever do Estado apoiar esta importante forma alternativa de geração de renda, que traz consigo um compromisso de inclusão social pelo trabalho”, diz.
Inclusão Produtiva nos Territórios da Cidadania também é uma das propostas feitas pelo Governo do Paraná ao Ministério do Trabalho. De acordo com o secretário, os indicadores socioeconômicos revelam a situação de vulnerabilidade de parte da população. Para ele, uma das alternativas de inclusão será por meio de Arranjos Produtivos Solidários (APS), ou seja, de estruturação em rede. O valor estimado para desenvolvimento das ações é de R$ 1,61 milhão, sendo R$ 1,26 milhão a serem transferidos pelo Mmnistério e R$ 353 mil de contrapartida do Estado.
Além do ministro Carlos Lupi e do secretário Luiz Claudio Romanelli, participaram da reunião o secretário nacional de Economia Solidária, Paul Israel Singer, a deputada Rosane Ferreira, o deputado Sandro Alex, e João Graça.