Autora: Oscarina Camillo (oscarinasp@yahoo.com.br)

Considerando a necessidade de aproximação dos empreendimentos da saúde mental com os fóruns locais de economia solidária e, que cabe às coordenações dos fóruns promover ações que facilitem o acesso de usuários e familiares à agenda de atividades programadas, para uma efetiva participação e apropriação do estágio atual da organização da economia solidária brasileira. Considerando também que para o estabelecimento desse compromisso, reconhecemos a importância da socialização de como se deu a instalação desse GT, que terá como principal atribuição articular ações entre as políticas de Saúde Mental e Economia Solidária apresentamos aqui um breve relato.

Dentro das ações encaminhadas pela SENAES durante 2004, destacamos a realização da Oficina de Experiências de Geração de Renda e Trabalho de Usuários de Serviços de Saúde Mental, ocorrida no auditório do Departamento de Saúde Coletiva da Unb nos dias 22 e 23 de novembro de 2004, numa parceria do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Saúde, através do DAPE/SAS (Departamento de Ações Programáticas Estratégicas – Secretaria de Atenção à Saúde). O objetivo dessa iniciativa foi promover a interface Economia Solidária e Geração de Renda na Saúde Mental. Nesse evento houve a participação de profissionais da área da saúde mental que atuam nas diferentes regiões brasileiras, bem como de representantes de familiares e usuários.

Durante esses 2 dias discutiu-se:

· a avaliação da situação dos usuários quanto à geração de renda; as formas de geração de renda encontradas e o papel dos CAPS (Centros de Atenção Psicosocial);

· propostas de elementos/ações para a constituição de uma política de articulação – saúde mental e economia solidária.

A partir dos encaminhamentos, criou-se um grupo virtual de discussões com participantes da oficina, que passou a intercambiar relatos de iniciativas concretas de geração de renda na saúde mental e sugestões de critérios de representação na constituição do GT. Com as definições consensuadas, nos dias 16 e 17 de junho de 2005, esse GT foi formalmente instalado e foram iniciados os trabalhos segundo as atribuições estabelecidas na portaria interministerial de 08 de março de 2005.

O GT desenvolveu as atividades partindo da premissa de que a idéia é implementar, ampliar e tornar mais eficiente a vida desses empreendimentos, responsáveis pela geração de diversos postos de trabalho nos núcleos e oficinas de trabalho existentes nos CAPS. Assim, as discussões do GT levaram à definição de 4 eixos principais de aprofundamento e debates durante os 6 meses iniciais a partir de sua instalação:

1.Mapeamento (articulação/divulgação/ rede de produção e comercialização);

2.Formação (capacitação/assessoria/incubagem);

3.Financiamento;

4.Legislação.

Assim, contamos com a colaboração d@s colegas nessa empreitada.