Fonte: www.diariodecanoas.com.br

Município tem grupos de artesanato e de alimentação e até uma indústria

A partir da próxima segunda-feira, 3, até o domingo, 9, o Calçadão, no Centro, abre espaço para pequenos empreendedores. A Feira dos Pais vai expor as mais variadas opções de presentes em artesanato e alimento, em 46 bancas das 9 às 19 horas. Formada por integrantes de 29 cooperativas e associações, a feira é um exemplo de como a união faz a força quando o assunto é geração de emprego e renda. A cada dia mais exemplos como este surgem e tudo indica que a tendência no mercado é o fortalecimento do cooperativismo.

Em Canoas, estado do RIo Grande do Sul, pelo menos 750 pessoas – divididas em 42 grupos – recebem apoio da Prefeitura para atuar de forma cooperativada. Os integrantes contam com orientações sobre o que é uma cooperativa, têm assessorias técnica e pedagógica e recebem dicas de como comercializar o que produzem. “E esta é a maior dificuldade. Por isso, disponibilizamos bancas em diversos eventos promovidos pela Prefeitura”, comenta o coordenador do Departamento de Economia Solidária da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Pedro Giehl.

Mesmo sem o apoio direto do poder público, como nos casos acima, a Cooperativa dos Trabalhadores Metalúrgicos de Canoas (CTMC) é exemplo de como o temor do desemprego pode ser driblado com união. Oito anos depois de fundada, a CTMC quadruplicou o número de trabalhadores, superando os 450 associados. De 2001 até agora as conquistas foram muitas e o passar do tempo só a fortaleceu. Hoje a cooperativa tem uma filial e recebe encomendas do mundo todo.

Força

O vice-presidente da CTMC, João Henrique Barbosa da Silva, acredita que este tipo de empreendedorismo é uma alternativa para o mercado. “Muitas empresas no setor da metalurgia estão fechando no Brasil. E sei que pelo menos 200 delas foram transformadas em cooperativas. Isso demonstra que a tendência são as cooperativas.”

Giehl concorda com Silva. “O cooperativismo é clássico, histórico e está em crescimento no Brasil”, fala, mas lembra que no País este modelo enfrenta dificuldades para ser implantado. “Não temos uma lei nova do cooperativismo. A que existe é conflitante com a Constituição. Como a lei é vaga, estamos vivendo em um vácuo”, comenta, sobre a disseminação de empresas que se denominam cooperativas, mas sem esse perfil.