Fonte: Adital (www.adital.com.br)

Pesquisadores, entidades civis e vítimas de problemas ambientais participarão, em Brasília (DF), de um simpósio internacional acerca dos impactos das mudanças climáticas sobre as populações mais vulneráveis. O evento deve reunir cerca de 200 pessoas, de 8 (segunda) a 10 deste mês, no Centro Cultural de Brasília.

O grupo formulará cobranças para o Estado e medidas para sensibilizar a sociedade civil sobre o avanço das mudanças climáticas e suas consequências. Relatório divulgado em maio pelo Fórum Humanitário Global (FHG) afirma que, anualmente, 315 mil pessoas morrem de fome, doenças ou desastres naturais no mundo.

Considerados os mais vulneráveis aos problemas ambientais, grupos indígenas, ribeirinhos e populações empobrecidas falarão sobre como reagem e se adaptam aos efeitos das mudanças climáticas. Também participam do debate o teólogo Luiz Carlos Susin (PUC/RS) e representantes de pescadores, quilombolas e atingidos por barragens, pelas enchentes no Norte e Nordeste e pela seca no Sul.

Ainda integrarão o debate os pesquisadores Tércio Ambrizzi (Departamento de Ciências Atmosféricas da USP), Philip Fearnside (Coordenação de Pesquisas em Ecologia do Inpa e integrante do IPCC) e Carlos Nobre (Inpe e integrante do IPCC). Os palestrantes alemães são Anika Schroeder e Katrin Vohland.

O simpósio é organizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela entidade católica alemã Misereor. São parceiras do evento: Cáritas Brasileira, Comissão da Amazônia da CNBB, Comissão Água e Meio Ambiente (CNBB, UCB, CRB, FBOMS), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), FASE CAIS, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina.