Fonte: Brasil de Fato (www.brasildefato.com.br)
Morreu no dia 17 de maio em Montevideo, Uruguai, aos 88 anos de idade, o poeta, escritor e militante político Mario Benedetti. Considerado um dos mais importantes escritores uruguaios de todos os tempos, teve vastíssima produção. Escreveu mais de 80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema. Iniciou carreira literária em 1949 com o livro “Esta Manhã”.
Ao longo das seis décadas como escritor recebeu prêmios importantes como o Ibero-americano José Martí (2001) e Internacional Menéndez Pelayo (2005).
Nascido em 14 de setembro de 1920 no município de Paso de los Toros, norte de Montevideo, Mario Benedetti foi fundador e ativo militante do “Movimiento 26 de Marzo”, uma das forças que lutou contra a ditadura militar durante a década de 1970.
Com o golpe de Estado dado em 27 de junho de 1973, Mario Benedetti deixa o Uruguai partindo para o exílio em Buenos Aires, Argentina. Em seguida, exila-se no Peru, onde foi detido e deportado em 1976, para Cuba. Depois de 10 anos vivendo no exterior, em 1983, volta do exílio para o Uruguai.
A última obra publicada, por Benedetti foi o poemário “Testigo de Uno Mismo”, apresentada em agosto de 2008. Antes da última entrada no hospital, Benedetti estava trabalhando em um novo livro de poesia cujo título provisório é “Biografía para Encontrarme”.
Com a saúde em situação delicada há mais de um ano, Benedetti encontrava-se em sua casa, na capital uruguaia, quando veio a falecer.
Intelectuais e organizações da sociedade civil de todo continente têm manifestado seu pesar lamentando a morte do escritor uruguaio, dando seu adeus a Mario Benedetti:
“Benedetti significa bendito em italiano, e o único que posso dizer é isso: Benditos os homens e mulheres generosos como ele”, testemunhou seu conterrâneo e também escritor Eduardo Galeano.