Fonte: Leide Santos (negra_de_garra@yahoo.com.br)

Em homenagem a semana da abolição, amanhã, dia 13 de maio, às 18:30HS, na sede da AMAFRO – Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira, será realizado debate gratuito, aberto ao público, com palestrantes renomados do cenário intelectual baiano.

O Programa Diálogos Afro-Brasileiros, desenvolvido pela AMAFRO, contempla os estudantes , pesquisadores, professores e instituições de ensino de Salvador com a mesa redonda “ A abolição da escravidão e seus significados na vida brasileira”. O evento, será realizado em 13 de maio, às 18:30hs, na própria sede da AMAFRO, localizada no Edf.Themis, Praça da Sé,Centro Histórico. A discussão será aquecida pela participação do Prof. e advogado Samuel Vida ( UFBA, UCSAL e RUY BARBOSA), Prof. Dra. Wlamira Albuquerque(UFBA), Prof. Dr. Eduardo Mattedi (FTE, ÁREA 1) e o Prof. Dr. Sílvio Humberto. O público, além de ampliar o conhecimento sobre a realidade cultural afro-brasileira com palestrantes renomados do cenário intelectual baiano, ganhará um certificado de participação. Esse ciclo de 7 debates e mesas redondas batizado como “Negras Raízes” faz parte das comemorações do aniversário de 7 anos da AMAFRO ( Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira).

Com o intuito de estimular a conscientização étnica dos afro-descendentes, o Programa Diálogos Afro-Brasileiros, segundo o Presidente da AMAFRO, José Carlos Capinan, beneficia a cidade com temas que afetam a maioria da população. “ Nós pretendemos lembrar a importância de se realizar um ressarcimento histórico que ainda não foi concretizado, criando um parlamento entre pensadores palestrantes e todos os interesados na diáspora afro-atlântica”, enfatiza.

Essa atividade desenvolvida pela AMAFRO é mais uma ação voltada para a preservação e difusão do patrimônio cultural afro-brasileiro. A partir do tema que abarca o processo de abolição da escravatura e seus reflexos na sociedade contemporânea, visa proporcionar maior envolvimento dos jovens da capital baiana com a situação social em que está imersa a população negra. “ Hoje, todo cidadão, independente de ser negro ou não, deve fazer essa reflexão”, frisa Capinan.

De acordo com ele e a antropóloga Nivalda Costa, coordenadora do Programa, a história referente aos afro-descendentes, não deve ser abordada de forma linear, sem uma problematização dos acontecimentos. “ A abolição não foi algo doado. A gente tem que procurar entender como se deu o processo de libertação dos escravos. As lutas e resistências travadas no decorrer do período colonial e após ele”, ressaltam.

O Programa Diálogos Afro-Brasileiros é fruto da contribuição de historiadores, artistas, museólogos, antroplógos e militantes do movimento negro que compõem o quadro de associados e consultores da AMAFRO. Assim, além de fomentar discussões que proporcionam múltiplos questionamentos sobre a matriz africana no Brasil e no mundo, tem como objetivo também difundir o Projeto do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira(MUNCAB). Desde sua fundação em 2002, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (AMAFRO), tem como carro-chefe de suas ações a instalação do MuB que será referência nacional e internacional acerca da cultura afro-brasileira.