Fonte: Informações enviadas por Leonardo Pinho (leo_pinho79@yahoo.com.br)
Os dados indicam que os consumidores a nível mundial seguem comprometidos com o Comércio Justo certificado e os produtos FAIRTRADE. As iniciativas do Selo FAIRTRADE em todo o mundo tiveram resultado positivo no último trimestre do ano de 2008 e um crescimento das vendas de produtos FAIRTRADE em seus países.
Na Espanha este crescimento foi de 50% comparado ao último trimestre do ano de 2007.
Pesquisas sugerem que os produtos do Comércio Justo certificado são as últimas coisas que os consumidores estão dispostos a sacrificar pela recessão. Uma investigação recente demonstra, que apesar de sentir a crise, os 92% dos consumidores seguem dispostos a pagar mais por um produto que tem uma certificação ética e o Selo FAIRTRADE – Comércio Justo é o selo de garantia preferido pelos consumidores. Segundo um estudo de consumidores que foi organizado em dez países, 68% dos consumidores são leais a uma marca em situações de crise, se esta marca apóia uma boa causa. Uma reportagem do Banco “The Cooperative Bank” demonstra que a recessão não freia o consumo ético e o Comércio Justo.
“No momento atual tudo indica que o apoio aos consumidores FAIRTRADE segue sendo notavelmente forte”, disse Rob Cameron, o diretor da Organização Internacional da Certificação FAIRTRADE, FLO.
“Pela inseguridade financeira, os consumidores decidem com mais consideração e FAIRTRADE – Comércio Justo continua sendo importante para eles. Estas são boas notícias para os produtores dos países do Sul, que necessitam FAIRTRADE agora mais do que nunca”, disse Cameron.
Por outro lado, os mesmos produtores também seguem confiantes no sistema FAIRTRADE. Segundo os dados da certificadora FLO-CERT, o número de aplicações por parte de produtores que querem participar no sistema FAIRTRADE vem crescendo em todas as regiões e em todas as categorias de produto. Binod Mohan, o presidente da NAP, da Rede Asiática de Produtores do Comércio Justo e membro da Diretoria da FLO resume assim: “Nós na Ásia temos confiança nos consumidores ocidentais e acreditamos em sua lealdade na compra de produtos FAIRTRADE – Comércio Justo. Para os consumidores trata-se de produtos básicos, porém para os agricultores nos países em processo de desenvolvimento a venda com a FAIRTRADE-Comércio Justo muda muito as coisas e sabemos que os consumidores sabem disso”.
Nos últimos cinco anos as vendas de produtos com a certificação FAIRTRADE tem crescido, graças ao apoio de consumidores (as), em uma média de 40% ao ano até alcançar o valor de aproximadamente 2.300 milhões de EUROS no ano de 2007. No ano de 2009 as vendas de produtos FAIRTRADE seguiram crescendo, porém abaixo dos últimos anos. Em uma conferência de caráter informal de oito das 22 iniciativas FAIRTRADE a previsão geral era que o crescimento será de 10 a 25% ao longo desse ano.
O impacto final da crise financeira mundial em todos nós, consumidores, comerciantes e agricultores é incerto. Estaremos afetados de uma forma ou de outra. O impacto para os agricultores e trabalhadores nos países do Sul poderá ser terrível – um grande passo atrás para a pobreza ao perder estes recursos na qual vivem comunidades inteiras.
Ainda desconhecemos as implicações da crise ao longo prazo, é evidente que o Comércio Justo certificado é mais necessário que nunca. Como iniciativa nacional do Selo FAIRTRADE estamos contentes pela lealdade que os consumidores estão demonstrando para a certificação FAIRTRADE. Essa lealdade permitirá que o Sistema FAIRTRADE sigua funcionando e perseguindo o objetivo de apoiar quantos produtores do Sul sejam possíveis em sua luta para sair da pobreza.