Fonte: Adital (www.adital.com.br)
Aproximar potenciais consumidores fortalezenses de experiências em economia solidária e agricultura familiar foi a meta da feira realizada no dia 17.11, na Praça da Gentilândia, localizada no Bairro Benfica, em Fortaleza. A feira fez parte das atividades do Dia Mundial da Alimentação, celebrado no dia 16. A data busca comemorar as conquistas e avaliar os desafios para promover a segurança alimentar e nutricional no mundo. O evento foi uma ação conjunta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Ceará (Consea-CE) e da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Ceará (UFC).
As ações do Dia Mundial da Alimentação deste ano voltaram-se para a promoção de uma alimentação variada e de qualidade, além de combater o desperdício de produtos ricos em nutrientes, mas que, por falta de conhecimento, deixam de ser aproveitados no dia-a-dia das famílias brasileiras. Para a presidente estadual do Consea, Helena Selma Azevedo, a garantia da segurança alimentar passa, necessariamente, pela agricultura familiar e pela economia solidária.
“Tanto a economia solidária quanto a agricultura familiar são iniciativas em que os sujeitos envolvidos partilham os resultados de sua atividade econômica, tornando os recursos financeiros acessíveis a uma maioria. Além disso, os produtos dessas duas atividades costumam ser mais baratos, variados e acessíveis, regionalizando a produção de bens. Dessa forma, o consumidor pode tanto economizar na compra de bens quanto adquirir alimentos de boa qualidade nutricional. São benefícios que permitem que as pessoas possam se alimentar melhor e ter qualidade de vida”, avalia.
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Ao todo, 41 grupos de economia solidária e segurança alimentar exporam seus produtos na feira. Para os/as interessados/as em aprofundar os conhecimentos sobre segurança alimentar, no auditório do Sindicato dos Trabalhadores da UFC (Sintufce) e a sala de vídeo do Departamento de Ciências Sociais, ocorrem debates, apresentações de projetos e filmes sobre temas como mudanças climáticas e bioenergia, considerados determinantes para a atual crise de alimentos vivenciada em todo o mundo.
Outro objetivo do evento foi retomar as relações de sociabilidade através das feiras. “A feira permite uma relação direta entre os clientes e os produtores, algo que ficou perdido com a organização da produção em grandes empresas, que têm preços fixos. Sem falar que, no caso da agricultura familiar, a pessoa vai adquirir produtos com pouca ou nenhuma utilização de agrotóxicos, com menos processos industriais e, sobretudo, mais frescos e saudáveis”, revela Helena Selma.
As matérias da Adital sobre Segurança Alimentar e Economia Solidária da Adital são produzidas com o apoio do Banco do Nordeste do Brasil.