Fonte: gritonacional@ig.com.br
O 14º Grito dos/as Excluídos/as mobilizou neste domingo, sete de setembro, os 25 estados do Brasil, além do Distrito Federal, segundo dados preliminares dos organizadores. O movimento segue com o lema: Vida em primeiro lugar: Direitos e participação popular e destaca a luta pela universalização dos direitos e a defesa dos territórios dos povos originários. Em algumas cidades, as manifestações acontecem desde o dia cinco de setembro.
Em São Paulo, na cidade de Aparecida, 150 mil romeiros, segundo dados da Basílica, compareceram nas manifestações do Grito e da 21ª Romaria dos Trabalhadores/as para reivindicar terra, moradia, justiça, contra a violência e em defesa do território dos povos indígenas e quilombos.
Na capital paulista, 10 mil pessoas caminharam da Catedral da Sé até o Monumento do Ipiranga com mística em defesa dos povos indígenas e da população negra. O destaque deste ano em São Paulo foi a Romaria a Pé que desde o dia cinco deste mês caminha pela cidade.
A defesa das comunidades indígenas e da área de proteção ambiental foi uma das principais pautas de discussão dos manifestantes de Brasília. Além de reivindicar o baixo preço da energia elétrica e contra a criminalização dos movimentos sociais. Em Salvador, o Grito reuniu cerca de 10 mil pessoas. Organizado pela Assembléia Popular e Pastorais Sociais, os manifestantes lutaram em defesa do Rio São Francisco e pela construção de um projeto popular para o Brasil. Os manifestantes caminharam pela cidade divididos em blocos: sem terra, estudantes, professores e em defesa da saúde. Além disso, houve uma coleta de assinaturas pela Campanha Ficha Limpa para os Candidatos.
No Ceará, mais de três mil pessoas se deslocaram a partir de três pontos diferentes da cidade e seguiram em direção ao rio Maranguapinho na luta em defesa da revitalização do mesmo.
Mais de mil manifestantes das forças sociais, sindicatos e moradores se reuniram na cidade do Rio de Janeiro contra a criminalização da pobreza e da juventude e a privatização do petróleo com o lema ‘O petróleo é nosso’. Houve ainda uma homenagem a Zumbi dos Palmares, animado pela bateria da escola do Complexo de Favelas da Maré.
Na Paraíba, o grito agitou e fez propaganda com cartazes durante o desfile oficial da cidade. “Fora as tropas do Haiti” e “A energia não é mercadoria” foram algumas palavras de ordem dos manifestantes.
Em São Luís, no Maranhão, os manifestantes caminharam da Igreja Nossa Senhora de Fátima até a Igreja Santo Expedito. Neste ano, os partidos políticos não compareceram ao ato, que foi realizado em uma área mais reservada com a participação dos movimentos populares e o apoio da Igreja.
A universalização dos direitos sociais, a luta contra a corrupção, a favor do meio ambiente e da moradia, a participação popular e a demarcação das terras indígenas foram as cinco questões ligadas aos direitos sociais que reuniram mais de duas mil pessoas, em Manaus, em uma caminhada do centro da cidade para a avenida Rio Negro Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul os manifestantes, durante a semana da pátria, realizaram uma audiência pública na câmara Municipal na luta pelos Direitos Sociais para todas as pessoas, organizado pelas ‘Pastorais Sociais’ e o ‘Comitê de Defesa Popular’.
Em Curitiba e na região metropolitana, mais de mil pessoas articuladas pela Assembléia Popular e pelo Movimento de Moradia realizaram um ato no barracão da Associação de Catadores.
Na capital gaúcha, Porto Alegre, os manifestantes reuniram-se no auditório dos metalúrgicos, onde uniram as vozes em torno da denúncia da criminalização dos movimentos sociais e contra a corrupção instalada no governo do estado. O Grito dos/as Excluídos/as reforça o protesto contra a exclusão social e por mudanças na política econômica e universalização dos direitos.