Fonte: Boletim Brasil Local 47
Idealizado pelos moradores do Conjunto Palmeira, bairro periférico da capital cearense, como um projeto de geração de renda para a população local, o Banco Palmas iniciou suas atividades em 1998. Na época, havia apenas R$ 2 mil no caixa. “Na noite de inauguração, nossos únicos cinco correntistas tomaram todo recurso emprestado e, no dia seguinte, amanhecemos completamente lisos”, relembra Joaquim de Melo, coordenador da instituição financeira.
Uma década depois, o Palmas comemora aniversário com capital superior a R$ 700 mil para financiar pequenos empreendimentos, montante disponível também aos outros nove bancos comunitários implantados ao longo desses anos no Estado. Os recursos são disponibilizados por meio do Instituto Palmas, entidade criada em 2003 sob a forma jurídica de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) com o objetivo de estender a metodologia aplicada pelo Banco Palmas a outras localidades e ampliar a captação de investimentos. “Além do Real, cada instituição opera com sua própria moeda social”, destaca Melo.
Os dez anos do Banco Palmas foram celebrados com a realização de um seminário, de 28 de fevereiro a 1º de março, na sede do Banco. Na ocasião, a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego (Senaes/MTE) lançou o Programa Nacional de Apoio a Bancos Comunitários, que vai investir R$ 3 milhões na criação de 40 bancos comunitários este ano. Os recursos se destinam à assessoria técnica para a gestão dos bancos e iniciativas de mobilização social, além de cursos de capacitação administrativa e profissional.