Fonte: www.mte.gov.br
Em 2006 projetos desenvolvidos em diversas comunidades pobres beneficiaram mais de 35 mil trabalhadores em 159 municípios brasileiros
Brasília, 27/12/2006 – Um dos programas de destaque da Economia Solidária este ano, o Projeto de Promoção do Desenvolvimento Local treinou 252 agentes de desenvolvimento solidário para promover ações em comunidades e setores historicamente excluídos e com alto potencial de desenvolvimentos solidário.
O projeto beneficia diretamente 159 municípios e mais de 35 mil trabalhadores e, indiretamente, 212 mil pessoas, pela melhoria das condições de vida em suas comunidades.
Os agentes foram escolhidos pelas próprias comunidades entre aqueles que mais se destacaram em trabalhos comunitários. Após receberem treinamento da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), passaram a desenvolver as ações em comunidades pobres e em territórios com potencial para o desenvolvimento de novas atividades econômicas, estimulando, em especial, a organização de empreendimentos coletivos solidários.
Desenvolvido em parceira com a Fundação Universidade de Brasília – FUB/UnB, o projeto tem como alvo principal 116 comunidades quilombolas e 122 comunidades com populações de segmentos específicos, historicamente excluídos, como mulheres, juventude, indígenas ou setores com alto potencial de desenvolvimentos solidário, como a cadeia do sisal, agricultura familiar e o turismo sustentável.
Resultados – E esse incentivo dos agentes solidários para a constituição de pequenos empreendimentos tem gerado bons resultados. Os projetos estão gerando a inserção produtiva de trabalhadores dessas comunidades, permitindo a eles o acesso às políticas públicas na geração de emprego e renda.
Na periferia de Manaus, um projeto de ecoturismo, desenvolvido pela Petrobrás, na Vila da Felicidade, serviu de âncora para a constituição de duas cooperativas de economia solidária: a Canoas Turísticas, em que oito cooperados promovem o transporte de turistas para conhecer o encontro das águas entre os rios Negro e Solimões; e o Café Regional, formada por 27 trabalhadores e que produz alimentos da culinária local para os turistas.
“Outras cooperativas tendem a surgir”, diz João Prestes, que coordena o trabalho de dez agentes no estado. Segundo ele, o ecoturismo tem incentivado a constituição e o fortalecimento de cooperativas já existentes nas comunidades indígenas.
Outras iniciativas têm obtido êxito no país, como a implantação de um banco solidário em comunidade quilombola em Alcântara, no Maranhão, e a atuação dos agentes junto à juventude rural no Rio Grande do Sul, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), no projeto Primeira Terra.
A prioridade são os beneficiários do Programa Bolsa Família, as comunidades que desenvolvem atividades voltadas para o turismo, cooperativas, associações e redes de produção, consumo e comercialização e empreendimentos de economia solidária, organizados em bases autogestionárias.