Brasília, 05 de setembro de 2017.
Aprovação do Projeto de Lei 4685, que cria o Sistema Nacional de Economia Solidária do Brasil
O Movimento de Economia Solidária do Brasil e toda sua diversidade vem nas últimas décadas na construção para transformá-la em uma política pública de estado, com os sujeitos de direitos reconhecidos, e políticas de apoio a crédito, produção, comercialização, formação e educação e finanças solidárias devidamente implementadas, independente de gestões governamentais. Firmando o trabalho associado como direito, fortalecendo as práticas de autogestão dos trabalhadores e trabalhadoras.
Foram três Conferências Nacionais, referenciadas por instâncias municipais, territoriais e estaduais, onde construímos junto a Secretaria Nacional de Economia Solidária as diretrizes e estruturação de um sistema que reconhecesse as diferentes formas autogestionárias de organizar o trabalho, com base nos princípios da coletividade, solidariedade, cooperação e justiça social, e que promovesse políticas de fortalecimentos dessas práticas.
Após a segunda Conferência Nacional de Economia Solidária, ocorrida em 2010, foi dado impulso a idea da Economia Solidária enquanto política pública. O Movimento Nacional lançou a campanha pela Política Nacional de Economia Solidária, coletando milhares de assinaturas em um abaixo assinado em todo o Brasil, a fim de apresentar um Projeto de Lei de Expressão Popular.
Em 2012, no diálogo com a Frente Parlamentar de Economia Solidária os Deputados Paulo Teixeira – PT/SP, Eudes Xavier – PT/CE, Padre João – PT/MG, Luiza Erundina – PSB/SP, Miriquinho Batista – PT/PA, Paulo Rubem Santiago – PDT/PE, Bohn Gass – PT/RS, Fátima Bezerra – PT/RN assumem a autoria e dão entrada na Câmara, tornando a Economia Solidária matéria a ser debatida em diferentes Comissões. A pauta promoveu Audiências Públicas de caráter nacional e estadual, protagonizadas pela Frente Parlamentar e Movimentos de Economia Solidária.
Sob acompanhamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Economia Solidária e da Economia Criativa – FESEC, liderada pelo Deputado Angelin – PT/AC, pela relatora da Comissão de Constituição e Justiça e da Cidadania, Deputada Maria do Rosário – PT/RS, e por representações da Economia Solidária o PL 4685 avança mais um passo.
É nessa energia e com muita alegria que o Fórum Brasileiro de Economia Solidária vem comunicar aos Fóruns Estaduais e toda sua militância que o Projeto de Lei 4685, que dispõe sobre a Política Nacional de Economia Solidária e os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), que cria o Sistema Nacional de Economia Solidária e outras providências, foram aprovados na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania no dia 31 de agosto de 2017.
O Projeto segue no Congresso Nacional, onde orientamos o diálogo com os Senadores Federais de todos os Estados. Precisamos manter ativa nossa militância, e conversar corpo a corpo com os respectivos senadores de nossos Estados, sensibilizando-os para a importância do apoio e priorização da matéria.
Avançamos, mas a luta continua!
Enquanto acompanhamos o desfecho da aprovação no Senado nos cabe dupla tarefa junto aos parlamentares em cada Estado:
- Acompanhar a trajetória do Projeto de Lei no senado, estreitando o diálogo com os respectivos senadores;
- Viabilizar compromissos de deputados e senadores para apresentação de Emendas Parlamentares de R$ 200.000 (duzentos mil reais) em apoio à Economia Solidária na construção da VI Plenária nacional de Economia Solidária.
Estamos confiantes que nossa luta por NENHUM DIREITO A MENOS, consiga convencer parlamentares a direcionar parte de recursos das Emendas Impositivas para a reestruturação de nossa ação no fortalecimento da Economia Solidária.
Sigamos firmes, resistindo, e incidindo com sabedoria política na consolidação da Política Pública de Economia Solidária no Brasil.
Fórum Brasileiro de Economia Solidária
Muito bom!
Que maravilha!!! Viva!!!
Um respiro pra se comemorar com certeza, mas a vigilância também deve ser ampliada, afinal estamos em período de constantes golpes.
É muito importante que o seja garantido o direito de acesso ao crédito ao empoderamento e ao fortalecimento dos grupos formais e informais, ou seja os empreendimentos econômicos solidários, como uma politica publica nacional de Economia Solidária.
E que seja resguardado na Lei Nacional o investimento financeiro através do Fundos: Nacional, Estadual e Municipal de Economia Solidária, para fortalecer este grupos e também as entidades de apoio e fomento e as entidades de pesquisa nas três esferas de governo.
Como esta Lei está em análise, é necessário garantir com clareza estes itens.