Fonte: http://revistaforum.com.br
A Colômbia segue como um dos países mais desiguais da América Latina. Os vários governos alinhados à política neoliberal estadunidense, com a justificativa de combate ao narcotráfico, têm ampliado o fosso de classes. No entanto, a mobilização de movimentos sociais conquistou um importante espaço institucional nos últimos anos, inclusive em relação à economia solidária. E alguns resultados se apresentam em números.
Criada com o objetivo de realizar ações preventivas e corretivas para o setor de economia solidária, a Superintendência de Economia Solidária da Colômbia, a Supersolidária, ligada ao Ministério da Fazenda e Crédito Público, do governo federal colombiano, conquistou, durante o ano passado, um crescimento de 13%, valor que é praticamente o triplo do alcançado com o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2012, de 4,5%.
De acordo com o superintendente do órgão, Enrique Valencia Montoya, esse crescimento é sintomático do bom rumo trilhado pelo setor de economia solidária no país e na América Latina. “É uma amostra da credibilidade de um setor que está empurrando forte a economia nacional. Não é por acaso que é grande gerador de empregos e de renda no país”, comenta.
As entidades cooperativas, que contam com 5,5 milhões de associados, geram 81.994 postos de trabalho e beneficiam, direta e indiretamente, 16 milhões de colombianos na cadeia produtiva e de consumo.
Hoje, a Supersolidária tem um conjunto de 5.437 empresas de economia solidária, que possuem ativos de mais de 22 milhões de pesos, capital social de 5 milhões e patrimônio estimado de 9,5 milhões. Também possui uma carteira de recursos superior a 11,7 bilhões de pesos e depósitos na casa de 6 bilhões. Para impulsionar os empreendimentos, a Superintendência reúne 185 cooperativas de crédito e 1.466 fundos de trabalhadores.