Fonte: Andreia Mendes
A economia solidária agrega uma série de iniciativas que refletem outra forma de se organizar economicamente, politicamente e culturalmente. Encontramos diversas experiências com esta perspectiva na V Plenária Nacional de Economia Solidária, como a de Maria do Carmo Cantilio Felipe, catadora de materiais recicláveis da Associação Recuperlixo. Este empreendimento solidário existe há 13 anos, em Serra/ES, envolvendo 35 catadores/as e participa do movimento internacional de catadores. Começou o trabalho com a Economia Solidária através da parceria com o Centro de Defesa dos Direitos Humanos – CDDH, a Pastoral Operária, a Cáritas e o Fórum Popular de Economia Solidária do Espírito Santo.
A catadora Maria do Carmo afirma que o trabalho nasceu com o objetivo de possibilitar melhores condições de vida através da inserção social e geração de renda para pessoas de setores sociais menos privilegiados, como desempregados, usuários de drogas, ex-presidiários. Além da atividade econômica, já existia uma preocupação com o meio ambiente. Com relação às estratégias, começaram com a costura, padaria e atualmente o principal trabalho é com a reciclagem. “Pensamos em vários motivos para estar trabalhando, o resíduo era muito no local…hoje somos bem organizados, lá em Serra nos já temos a coleta desse lixo e também trabalhamos em rede com outras associações”, diz Maria do Carmo.
Em relação às suas expectativas durante a V Plenária Nacional de Economia Solidária, afirma a importância de contribuição de cada delegado/a na aprovação de novas orientações e estratégias coletivas para o próximo período. Também acredita que a 5ª Plenária vai contribuir muito com o Bem Viver: “Vai levar muita alegria para nós. Muita força. Isso sim a gente tem quer ter. Para nós aqui tá sendo um aprendizado e quanto mais você participar mais você aprende. Este aprendizado não é só do catador e da Recurpelixo é em nível estadual e nacional”, afirmou.