Por Ana Lúcia Oliveira, da Roda – Rede de Desenvolvimento da Agroecologia (http://dialogoseconvergencias.org/)
“Seja bem-vinda minha gente Com alegria e consciência Esse é o Encontro Nacional De Diálogos e convergências.”
Foi com esse refrão em ritmo de forró, que cerca de 300 pessoas integradas à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), à Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia), à Associação Brasileira de Pós Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), ao Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), ao Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN), à Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA), à Rede Alerta contra o Deserto Verde (RADV), à Marcha Mundial de Mulheres e à Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), assistiram a abertura do evento realizado na cidade de Salvador-BA, entre os dias 26 e 29 de setembro.
os quatro dias de realização do Encontro foram expostos e debatidos temas relacionados à crise civilizatória atual, ao domínio crescente do agronegócio no Brasil, experiências e propostas construidas pelas organizações da sociedade direcionadas a um outro projeto de desenvolvimento no país, necessidade da construção de convergências juntando forças da sociedade civil organizada do campo democrático e popular.
Participantes das cinco regiões do Brasil ouviram relatos que apresentaram problemas comuns, mas compeculiariades locais. Na avaliação da critricultora ecológica, de Montenegro-RS, Terezinha Hoffmann, da cooperativa Ecocitrus, rede Ecovida, o evento trouxe muitas novidades. Para a agricultora os relatos evidenciaram muitos problemas, o que para ela não é positivo. A agricultora disse que as soluções é que são mais interessantes e é o que vai levar para o grupo de agricultores ecológicos de sua região. Terezinha faz pedido à comissão organizadora para que seja esclarecida a questão dos “territórios”, pois foi um dos assuntos do Encontro que teve dificuldade para compreender.
Já para o agricultor, Aloísio Schafer, da Ecoterra-RS, que participou pela primeira vez de um encontro nacional, o evento foi importante porque a associação da qual integra, teve a oportunidade de expor sua experiência que serviu de base para os debates do dia. Outro destaque para Aloísio, foi a apresentação dos demais grupos. Para ele, a partir desse método, é possível verificar problemas comuns e buscar soluções, em conjunto, que possam ser utlizadas por todos. Schafer ainda salienta a carta que resultou do Encontro dizendo que tal documento “dá um retorno melhor para o futuro”.
Viver! E não ter a vergonha De ser feliz Cantar e cantar e cantar A beleza de ser Um eterno aprendiz… Ah meu Deus! Eu sei, eu sei Que a vida devia ser Bem melhor e será…
E foi assim que, depois da leitura da carta política, se encerrou o Encontro Nacional de Diálogos e Convergências. Certamente, todos saíram diferentes do que chegaram. A ideia da construção de soluções em conjunto, da solidariedade, da justiça ambiental, da segurança e soberania alimentar, da comunicação democrática, da agroecologia e demais temas abordados, tocaram, de certa forma, todas as pessoas que participaram. Foi um primeiro passo em busca da qualidade de vida sem a hegemonia do modelo capitalista. Mas não se está só nesse caminho e é aí que está a força para dar continuidade necessária.
Leia a carta política na íntegra e saiba mais sobre o Encontro pelo site http://dialogoseconvergencias.org/.
Saiba mais notícias e informações do Encontro em: http://dialogoseconvergencias.org/
Acesse as moções do Encontro em: http://dialogoseconvergencias.org/mocoes-de-repudio/