Fonte:Arroyo João Cláudio
Direitos e políticas públicas para as mulheres, foi com enfoque nesses temas que aconteceu o 2º Seminário Feminista de Economia Solidaria Feminista, além disso, houve a apresentação dos resultados das atividades desenvolvidas no estado do Pará por meio do projeto.
Para discutir a Economia Solidária para mulheres foram convidados representantes da Fundação Guayí, coordenadora nacional do programa, do Instituto Saber Ser Amazônia Ribeirinha – ISSAR, que faz o apoio local ao projeto, e ainda o Fórum Paraense de Economia Solidária – FPES, a Diretoria de Economia Solidária – Decosol, a Marcha Mundial das Mulheres, o Centro Nacional de Formação em Economia Solidária – CFES e o Grupo Paraense de Atesanato – GPA.
Este último, o GPA, que produz artesanato regional com ervas medicinais no bairro Benguí (em Belém), apresentou durante o evento a trajetória de desenvolvimento do grupo a partir da formação em economia solidária promovida pelo projeto Brasil Local Feminista. Durante o ano de atuação, o projeto buscou capacitar mulheres sobre empreendedorismo solidário e debates de gênero em mais de vinte empreendimentos na região metropolitana de Belém; as ações realizadas pelas agentes Maria Beatriz, Vera Goreth e Maria Gercina Araújo norteiam um novo protagonismo econômico no Pará e ainda são um grande desafio na construção da economia solidária no estado, principalmente pela necessidade de assistência técnica para os empreendimentos solidários.
Outro exemplo desse trabalho é o projeto Arte na Praça, em Marituba, que desde 2009 busca promover cidadania e geração de renda para as famílias carentes do município. O projeto acontece por meio da comercialização coletiva de artesanatos na praça principal de Marituba. Já mapeado para sistematização do Projeto Feminista de Economia Solidária, o Arte na Praça terá sua história de sucesso contada em uma cartilha e em um livro que serão lançados em novembro pela Cáritas Brasileira.
Para os integrantes do Arte na Praça, a contribuição do Brasil Local Feminista foi em revelar como a economia solidário e como o feminismo podem mudar a vida das mulheres do empreendimento. Criou-se entre elas um sentimento político e social, mostrando que futuramente uma delas pode surgir como uma grande parlamentar no seu bairro e ou município. Hoje, essa mulheres se integram em redes como o FPES, além de terem a oportunidade de participação de feiras articuladas pelo Brasil Feminista.
Durante o evento foi lançada a Loja do Núcleo Feminista de Ecosol na Faculdade da Amazônia – FAAM. A partir de setembro haverá nas instalações da FAAM a exposição semanal dos artesanatos produzidos pelos grupos de mulheres que fazem parte do Brasil Local Feminista, como forma de fomentar a renda das mulheres e disseminar o conceito de economia solidária entre os universitários.
Houve ainda, a entrega do documento Nacional do Projeto para os diálogos Institucionais com a Economia Solidária e a Economia Feminista. E foi sinalizada para a 2ª quinzena de setembro a construção do Plano pedagógico do Brasil Local Feminista. Depois de um dia produtivo de discussões, o seminário encerrou com a apresentação da colcha de retalhos produzida pelas artesãs, uma espécie de bandeira do projeto no Pará.