Relato de Rizoneide Amorin (IMS)
Ontem estive no Encontro do Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e do Secretário Geral da ONU, Ban ki-Moon, com representantes da sociedade civil brasileira, conforme solicitação da equipe ARI/FBES.
Estavam presentes diversas entidades da sociedade civil, tais quais: as 06 centrais sindicais, Instituto Ethos, FBOMS, Via Campesina, CONTAG, Pacto Global, Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade, movimento mulheres, negros, indígenas, o pessoal do GRAP/FSM, o Comitê facilitador da Rio+20, entre outras entidades que não vou saber nomear todas presentes, pois tinha cerca de 50 a 60 pessoas.
Foi um momento interessante em que o Secretário geral da ONU, ouviu a sociedade civil com relação a organização da Rio+20, se pronunciou sobre a pauta e prioridades da ONU, bem como o Ministro Gilberto Carvalho, mostrou a articulação do governo com a sociedade civil brasileira.
Nós, enquanto FBES, estávamos representados na fala do comitê facilitador do sociedade civil Rio+20. Quem falou pelo grupo foi Luiz Zarref (via campesina); Rubens Born – Rubinho (FBOMS) e uma companheira de SP que falou enquanto movimento de mulheres e negros. Foi interessante que tanto na fala do Rubinho que é bem conhecido pelo grupo que ali estava, bem como a fala do Zarref do MST, citaram a pluralidade deste comitê enquanto sociedade civil e nos citaram em suas falas, ou seja, tivemos duas falas que legitimaram e falaram do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, enquanto ator importante na articulação deste comitê, enquanto sociedade civil.
As falas da sociedade civil, reforçaram a importância do evento, mas salientaram para que o mesmo tenha abordagem plural de anúncio de boas práticas e denúncias dos absurdos ocorridos em todo mundo no que se refere a agenda ambiental, que seja um evento no RIO, mas que seja universal e solicitaram, inclusive que as embaixadas e a ONU, abram seus escritórios para ouvir as diferentes vozes e que seja uma RIO expandida.
O representante da CONTAG, quebrou o protocolo e entrou ao secretário da ONU, um documento que mostra a pauta da agricultura familiar no Brasil e pautou uma conferência da ONU para discutir a agricultura familiar enquanto estratégia de erradicação da fome e miséria no mundo.
O Secretário, Bab Ki-moon, falou das prioridades da ONU, da importância da parceria tripartite entre governo, sociedade civil e comunidade. Afirmou que a Rio+20 tratará de questões amplas relacionadas ao tema desenvolvimento sustentável e sustentabilidade global. Falou que tinha convidado o LULA para ser a liderança em torno das questões relacionadas a sustentabilidade global, mas que devido problemas de agenda, ele não tinha aceitado.
A meta da ONU é avançar com relação a segurança alimentar, tem como prioridade também as políticas para juventude, uma vez que a juventude vem aumentando em termos populacionais em todo mundo. Segundo ele, a OIT (que usa o termo trabalho decente) articulada com a comunidade internacional vai priorizar as questões juvenis para dá esperança aos jovens em todo mundo. Falou bastante do empoderamento de mulheres no alto escalão da ONU e demais organismos internacionais e citou que o Brasil pode dá exemplos com relação as políticas para mulheres, agora que temos uma mulher presidenta. E concluiu a sua fala, afirmando que a sociedade civil tem um papel importante em todo processo na luta por direitos humanos no Brasil e no mundo e que a mesma pode mobilizar forças e trabalhar junto com o governo para construção de um mundo melhor e mais justo indígenas, afro-descendentes, mulheres, agricultura familiar e para todos seres humanos e para o planeta.
Por fim, Gilberto Carvalho, fez uma fala rápida e agradeceu a presença da sociedade civil que está sempre em diálogo com o governo brasileiro.
Gente acho que foi que percebi na reunião para relatar para vocês.
abraços e mantemos contato
Rizoneide Amorim