Fonte: www.diariodonordeste.globo.com
O Ministério da Integração Nacional classificou o Cariri como uma região de pouco desenvolvimento, de baixa e média renda e que enfrenta um quadro da estagnação econômica. Com esta preocupação, será aberta, amanhã, a II Feira de Produtos da Economia Solidária (Expofam), no Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcanti. A coordenação espera reunir 2 mil pessoas por dia. Para o volume de vendas, diariamente, a expectativa é de R$ 5 mil. O evento contará com 50 expositores.
A feira, que terá a duração de três dias, é promovida pela Cooperativa de Crédito dos Trabalhadores Rurais do Crato, que tem como presidente o sindicalista Expedito Guedes, com o apoio de organizações governamentais e não governamentais, sindicatos rurais e associações comunitárias.
Segundo Expedito, o evento reafirma a importância da construção de uma economia solidária forte, com o engajamento dos movimentos sociais, contribuindo, assim, para a melhoria de vida da população do Nordeste e do Brasil.
Confraternização
Para ele, a Expofam é um momento de festa e confraternização, mas também de capacitação, educação, reflexão, proposições e reivindicações de produtores, ao mesmo tempo em que discutem alternativas de geração de trabalho e renda.
De acordo com a programação, além de exposições de produtos da agricultura familiar, serão realizadas palestras, debates e seminários sobre cooperativismo, cultivo da siriguela, aproveitamento da polpa do caju, tecnologia e extensão.
“A economia solidária é um jeito bem diferente das pessoas se organizarem em torno do seu trabalho e dos benefícios que este pode produzir”. Expedito acrescentou que “é fundamental que as associações, cooperativas ou clubes de troca sejam coletivos, suprafamiliares, e que os próprios trabalhadores sejam também os donos e os gestores do empreendimento e façam essa gestão de maneira coletiva, sem que um tenha mais poder de decisão do que o outro, independentemente do cargo ocupado dentro da empresa solidária”.
A economia solidária é um jeito bem diferente das pessoas se organizarem em torno do seu trabalho e dos benefícios que este pode produzir. É um movimento de organização de homens e mulheres que, a partir do trabalho coletivo, passam a desenvolver formas de geração de renda, onde todos e todas têm suas necessidades satisfeitas e o uso dos recursos naturais é feito de forma responsável e consciente. Na economia solidária, o trabalho não tem patrão e empregado.
Os produtores e produtoras solidários se organizam em sistemas de autogestão. Ou seja, todos são responsáveis pelo empreendimento, todos decidem em conjunto e se beneficiam igualmente dos frutos gerados pelo mesmo. Esses empreendimentos podem ser legalizados em forma de cooperativas, associações, empresas solidárias etc, desde que valorizem e estimulem a participação de cada produtor.
Coletivo
O elemento central da economia solidária é a pessoa humana e o bem viver coletivo. Nela, homens e mulheres são respeitados em suas diferenças de sexo, raça/etnia, idade ou orientação sexual. Não cabem reprodução de preconceitos de qualquer natureza. Portanto, a relação é de cooperação, solidariedade e respeito entre todos (as).
Mais informações:
Cooperativa de Crédito dos Trabalhadores Rurais
Rua José Carvalho (88) 3521.3337 8832.8130