Fonte: Cáritas Brasileira
No próximo domingo, 7 de setembro, o 14º Grito dos Excluídos sai às ruas em todas as regiões do País com o tema Luta pela Vida em Primeiro Lugar – Direitos e Participação Popular.
Segundo os organizadores, o objetivo das manifestações é “protestar contra o modelo econômico que privilegia os grandes negócios em detrimento do pequeno e médio empreendimento e das iniciativas comunitárias – tanto no campo como na cidade”. O movimento pretende questionar também ações privadas e governamentais que não colocam o ser humano em primeiro lugar e destroem a biodiversidade.
O movimento popular também defenderá propostas: em defesa da economia solidária, da distribuição de renda, da pesquisa sobre fontes energéticas alternativas, da implantação de políticas públicas básicas – como saúde, educação de qualidade, emprego, transporte e moradia – e de todos os direitos elementares dos trabalhadores. “Protestamos contra as políticas compensatórias que substituem a implantação de políticas sociais públicas. Gritamos ainda em favor da preservação das conquistas trabalhistas históricas”.
O Grito também vai chamar a atenção para a violência urbana no Brasil, denunciando as chacinas, a repressão policial, a prática de “limpeza urbana” – contra as pessoas em situação de exclusão social – e a falta de liberdade dos moradores de rua nas grandes cidades. Os participantes também irão protestar contra a “perseguição contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), tratados como criminosos, especialmente no Rio Grande do Sul”.
Grito dos Excluídos
O 7 de Setembro de 1822 entrou para a história nacional como o Dia da Independência do Brasil. Apesar disso, os movimentos sociais defendem que o país ainda não se constituiu como uma nação livre e soberana, na qual o povo possa definir o seu destino. Por isso, para além dos desfiles oficiais e comemorações, milhares de pessoas vão sair às ruas pela 14ª vez para participar do Grito dos Excluídos.
O Grito dos Excluídos é uma grande manifestação popular para denunciar todas as formas de exclusão e assinalar as possíveis soluções, a partir da prática da democracia participativa e do protagonismo dos povos.