Fonte: www.anteag.org.br

Desde 2003 a ANTEAG vem elaborando o desenvolvimento de metodologia voltada a Autogestão e Economia Solidária através da realização do PNQ/ProEsq(Projeto Especial de Qualificação).

Realizamos o trabalho deste projeto em 2003 e 2004. Agora estamos lançando e disponibilizando o 3º livro como resultado do projeto de 2005.

Acesse o livro em http://www.anteag.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=84&Itemid=116

A autogestão é um sistema cujo funcionamento está intimamente ligado qualitativamente e quantitativamente à participação do trabalhador. Isso implica em uma mudança na cultura de produção e de gestão da empresa, e, necessariamente, em uma mudança cultural de cada trabalhador. A ANTEAG, com isso, já surge tendo como atividade prioritária educar para a autoges- tão. Partindo de uma concepção de que a forma como se educa está diretamente ligada aos resultados que se atinge, a ANTEAG busca adotar a autogestão em todos os seus espaços desde a definição das assessorias até a construção de sua metodologia de qualificação.

No ano de 1997 a ANTEAG começou a desenvolver seus cadernos deformação do trabalhador. Os trabalhadores das empresas associadas à ANTEAG participaram ativamente de sua elaboração levantando as demandas de formação com a equipe de assessoria que, em resposta, elaborou dez cadernos que abordam aspectos centrais da gestão de uma empresa de autogestão e que foram utilizados nos cursos de formação para milhares de trabalhadores das empresas.

A partir da demanda das empresas que eram, agora, geridas por trabalhadores na maioria das vezes sem experiência gerencial, foram desenvolvidos os denominados MBAs (“Master in Business Administration”) regionais e nacionais. Em parceria com Universidades, foram realizadas atividades de qualificação para os gestores das empresas de autogestão. Esse foi o primeiro convénio da ANTEAG com o Ministério do Trabalho em 1997 para o desenvolvimento de atividades de Qualificação Profissional, propondo uma nova forma de atuação para a qualificação de trabalhadores, uma vez que as linhas existentes para qualificação, não davam conta das necessidades apresentadas pelas Empresas de Autogestão de origem falimentar.

Os programas de qualificação aquele momento eram concebidos a partir da lógica de recolocação no mercado de trabalho, de modo geral, oferecendo treinamento em atividades como manicure, costura, pintura, marcenaria, etc. Apesar dos trabalhadores associados à ANTEAG não estarem fora do mercado de trabalho, ou seja, de não se tratar de um público de desempregados, estavam em situação de risco de desemprego, pois, organizando cooperativas e assumindo uma estrutura produtiva, estavam ocupados, mas dependiam de viabilizar a empresa para normalmente perderem o posto de trabalho. Na maioria dos casos, a gerência não permanece após a passagem da empresa para o sistema de autogestão. Com isso, muitas vezes, a direção da nova empresa vinha do ‘chão de fábrica’ e necessita de qualificação gerencial. Ainda como complicador, a ANTEAG, lida com empresas que, por conta da situação pré-falimentar, vêm, muitas vezes, de situação de desgaste com fornecedores, clientes e instituições bancárias. Isso aponta necessidade iminente de qualificação desses trabalhadores e, dado que a opção

Em 2003 com a reformulação do Plano de Qualificação pela nova gestão Federal, e a criação dos ProEsQs, tivemos a oportunidade de iniciar no âmbito do PNQ, o desenvolvimento de uma metodologia voltada à Autogestão e Economia Solidária.