Fonte:http://www.agenciabrasil.gov.br, por Roberta Lopes

A criação da secretária de Economia Solidária e do Conselho Nacional de Economia Solidária foram as grandes conquistas para o movimento de economia solidária ma avaliação do coordenador nacional executivo do Fórum Nacional de Economia Solidária, Ademar Bertucci. Em entrevista à Agência Brasil, ele também falou sobre os desafios do conselho que começa a funcionar na próxima quinta-feira (9).

Ele afirma que uma das primeiras iniciativas da secretaria foi um mapeamento da economia solidária, e este foi muito debatido com os Fóruns de Economia Solidária. Para ele isso teve um grande ganho porque “os núcleos de pesquisa do mapeamento trabalharam junto com os Fóruns Estaduais de Economia Solidária” e dessa maneira houve uma intensa troca de informações.

Além disso, a secretaria “colocou na pauta de discussões” do governo uma forma de trabalho que “não era muito bem percebida e compreendida”, diz Bertucci. O Conselho também foi um ganho porque será um espaço de debate entre os movimentos de economia solidária e o governo federal e desenvolvimento de políticas públicas.

Para Bertucci, esses quase quatro anos foram um espaço para experimentações. “Experimentações dentro do governo para que este pudesse entender e assumir diferentes ações dentro da economia solidária”, afirma.

Para os próximos quatro anos, ele afirma que é preciso um programa nacional para fomentar as ações de políticas de economia solidária. “O que precisamos com mais urgência é de um programa nacional, um fundo canalizado para o desenvolvimento de ações de economia solidária”, diz.

Com o conselho, Bertucci acredita que será possível avançar não apenas em programas setorizados, mas numa política mais ampla que possa dar mais legitimidade as ações da economia solidária.