Fonte: http://www.marista.edu.br/

Organizações populares, associações, cooperativas e empreendimentos solidários do meio urbano e rural se encontraram entre os dias 7 e 9 de julho, em Santa Maria (RS), na II Feira de Economia Solidária do Mercosul. Em sua 2ª edição, a Feira foi realizada paralelamente à 13ª Feira Estadual do Cooperativismo – FEICOOP, a 5ª Feira Nacional da Economia Solidária e a 6ª Mostra da Biodiversidade. Atualmente, mais de 15 mil empreendimentos alternativos no Brasil envolvem cerca de 1,5 milhões de pessoas em 2274 municípios brasileiros.

Organizada pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), a II Feira de Economia Solidária do Mercosul conta com o apoio do Instituto Marista de Solidariedade (IMS) e da Fundação L’Hermitage, dois dos maiores gestores das Feiras regionais que acontecem por todo o país. Com entrada franca, o encontro pretende reunir todos os grupos interessados em participar, que já desenvolvem ou querem desenvolver em suas comunidades ações de cultura, meio ambiente, cidadania e economia solidária.

A Feira de Economia Solidária de Santa Maria é uma das 27 feiras realizadas em todo o Brasil pelo Programa Nacional de Fomento às Feiras de Economia Solidária. Iniciado em 2005, o Programa é parte de uma proposta de promoção da política nacional de comércio ético e solidário e do consumo responsável.

O Programa Nacional surgiu para dar suporte e visibilidade às células da economia solidária que já existiam em todo o Brasil. O IMS foi escolhido entre várias organizações governamentais e não-governamentais pelo bom desempenho na realização das Feiras Estaduais de Economia Popular Solidária em 2005, e da Feira Nacional de São Paulo, em 2006.

No ano passado, a Feira de Economia Solidária de Santa Maria – RS contou com a participação de 16 países, 221 municípios e 23 estados brasileiros, 66 mil pessoas visitantes, 8 mil pessoas participando dos debates e oficinas e 3.450 produtos em comercialização e exposição, reafirmando que a cidade é a Capital da Economia Solidária. Este ano, são esperados 80 mil visitantes. A expectativa é superar não só o número de visitas, mas todos os indicadores do ano passado, comprovando que uma outra economia é possível no Brasil e no mundo.

Economia Solidária

A economia solidária compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais que visam a formar novos sujeitos para o exercício da cidadania e inclusão social e construir um Projeto Democrático Popular e Sustentável. Essa prática prova que “uma nova economia é possível”.

Segundo Vicente Falqueto, diretor executivo da Gerência de Assistência Social da UBEE-UNBEC, a prática da Economia Solidária está fundamentada na cooperação, autogestão, produção coletiva, comercialização direta, justa distribuição de renda, solidariedade, comércio justo e ético e agricultura familiar. “A lógica econômica valoriza o ser humano e o trabalho, acima do capital, tendo em vista formar novos sujeitos para o exercício da cidadania e inclusão social”, diz Vicente Falqueto.

De norte a sul do país encontramos um conjunto de iniciativas produtivas que vêm sendo desenvolvidas e que, em muitos casos, precisam apenas de um pequeno apoio para crescer e tornar-se referências locais ou regionais. O desafio é orientar essa produção para a sustentabilidade ambiental e possibilitar a geração de trabalho e renda com a manutenção da biodiversidade local.

Santa Maria recebe o maior evento de cooperativismo do País

Entre os dias 7 e 9 deste mês, Santa Maria – RS, sediou o maior evento do cooperativismo alternativo do Brasil. Foram realizadas na cidade, paralelamente, a II Feira de do Mercosul, a XIII Feira Estadual do Cooperativismo Alternativo – FEICOOP, a V Feira Nacional de e a VI Mostra da Biodiversidade.

O Instituto Marista de Solidariedade (IMS) e a Fundação L’Hermitage participaram ativamente da organização e execução da Feira de Economia Solidária, juntamente com a Secretaria Nacional de (SENAES), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e do Fórum Brasileiro de (FBES). O evento teve entrada franca e reuniu os empreendimentos que já desenvolvem ações de cultura, meio ambiente, cidadania e economia solidária. Na oportunidade, estiveram presentes mais de mil expositores, contemplando produtos de todo o Brasil e de outros 14 países da América Latina.

As atividades de são fruto da proposta de mobilização das pessoas em prol da construção de novas relações sociais e econômicas e prevê ações econômicas e sociais que estão organizadas sob a forma de cooperativas, associações, empresas autogestionadas, redes de cooperação e complexos cooperativos.

Feira do Mercosul recebe caravanas e emprendimentos

O final de semana começou cedo e prometia ser agitado em Santa Maria – RS. Oficialmente, a II Feira de do Mercosul começaria na sexta-feira. No entanto, as atividades relacionadas à Feira têm início na quinta, com a acolhida das caravanas e dos empreendimentos que vão participar do evento.

A partir das 8h da sexta-feira, 7, a comercialização direta foi aberta para os consumidores. Ao longo do dia, foram realizados seminários, como “Projetos e Ações de fomento à no Brasil”, que contará com a participação do Instituto Marista de Solidariedade (IMS).

A solenidade da abertura oficial da Feira foi realizada às 17h, seguida do show de Antônio Gringo e Artistas da Caminhada, às 19h. Participaram da solenidade representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria Nacional de (SENAES), IMS, Cáritas Brasileira e Ministérios do Governo Federal.

Dois dias de oficinas e comercialização solidária

O segundo e terceiro dias da II Feria de do Mercosul continuaram com programação ampla e diversificada. Na sexta, a comercialização direta começou às 7h30, e o dia foi preenchido com atividades culturais, oficinas e seminários. Das 13h às 16h foi realizado o I Encontro dos Fóruns Estaduais de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável. Entre os seminários programados está o seminário internacional “Por um Mercosul Solidário – Uma outra integração é possível”.

No domingo, último dia de Feira, funcionou o “Passe Livre do Cooperativismo”, das 6h às 24h. Às 10h aconteceu a celebração de ação de graças, no Santuário Basílica Nossa Senhora da Medianeira, que foi transmitida pela Rádio Medianeira – AM. Após a Missa, realizou-se a “Caminhada Ecumênica e Internacional pela Paz – A Avenida da Paz”. Pela manhã também aconteceram várias oficinas.

O encerramento oficial da Feira foi às 18h, logo após a transmissão da final da Copa do Mundo, em telões e televisores instalados por toda a Feira. No encerramento, foram lançadas as 14ª FEICOOP (Feira Estadual do Cooperativismo Alternativo) e a 3ª Feira de do Mercosul – 2007.