Fonte: Informativo Semanal Cáritas (caritas@caritasbrasileira.org)
A Articulação das Articulações composta pelo Fórum Mineiro de Economia Popular Solidária, Via Campesina, Fórum Mineiro de Segurança Alimentar, Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial, Articulação Mineira de Agroecologia, Articulação do Semi-Árido e Frente de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes está convidando entidades, movimentos e pessoas interessadas em ajudar no processo de organização do encontro dos movimentos sociais mineiros, que pretende reunir 3 mil pessoas dos dias 3 a 5 de abril, em Belo Horizonte (MG). A reunião ampliada será realizada no dia 23 de fevereiro, às 18h30, no sindicato dos economistas.
O ato de abertura do encontro, que será realizado no complexo da Praça da Estação, acontece com a chegada da marcha do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que reivindica, entre outras pautas, a redução da tarifa de energia no Estado. Na tarde do dia 3, Valério Arcary, Dom Tomás Balduíno, César Benjamin e Maria da Conceição Tavares discutem o Projeto Popular para o Brasil. O dia 4 será o dia de mobilização contra o Governo Estadual e a implementação de projeto neoliberal, impulsionada pelos organismos internacionais como o BID, BIRD e Banco Mundial. No dia 5 será realizado o “Tribunal do Latifúndio”, em que serão julgados os crimes do latifúndio, como a fome, a exploração, a exclusão, a monocultura. O tribunal vai contar com a presença dos juristas Hélio Bicudo e Konder Comparato.
Reunião do BID – O encontro dos movimentos sociais mineiros ocorre no período em que Belo Horizonte sedia a 47ª Reunião Anual das Assembléias de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a 21ª Reunião Anual da Assembléia de Governadores da Corporação, que acontecem entre os dias 28 de março a 5 de abril. O Banco Mundial (BIRD), o Fundo Monetário Internacional e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) alegam ser uma das principais fontes de assistência para o desenvolvimento no mundo, sendo sua meta principal a de ajudar as pessoas e países mais pobres. Na prática, estas organizações se constituem em um grande e poderoso instrumento de manutenção e reprodução do sistema capitalista e do pacote neoliberal, através do financiamento de técnicos, intelectuais e de projetos.