Fonte: Jornalista Thea Tavares (MTb 3207-PR – (41)9658-7588)
Uma nova organização social está surgindo no cenário do cooperativismo: trata-se da Unicafes ? União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária. Nos dias 20, 21 e 22 de junho, a cidade de Luziânia/GO, a 50 km de Brasília/DF, sediou o 1º Congresso das cooperativas e sistemas cooperativos da agricultura familiar e da economia solidária, dos ramos de crédito, produção, comercialização, infra-estrutura, trabalho e serviços.
O objetivo do congresso foi o de lançar esse novo ator político-organizativo no cenário nacional. Segundo o presidente da Cooperativa Central Cresol Baser, Vanderley Ziger, “das mais de 20 mil cooperativas existentes no Brasil, apenas sete mil são representadas pela estrutura oficial da OCB [Organização Cooperativista Brasileira]. As outras 13 mil estão de fora, até por não concordarem com sua linha de atuação. Falta uma entidade que represente de fato os interesses dessa grande parcela de organizações atuantes, mas que se encontram dispersas na busca de solução para seus problemas e demandas, bem como na ocupação de importantes espaços de negociação com o poder público”, comenta.
Uma justificativa desse movimento, também, é que o Governo Lula tem provocado discussões sobre o cooperativismo no Brasil e criado fóruns para elaborar propostas de políticas públicas sobre o assunto, para discutir a possibilidade de mudança no marco legal e questões tributárias do cooperativismo, como o “ato cooperativo”.
Juntam-se nessa construção as cooperativas do Sistema Cresol do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, do sistema Ecosol, Crehnor, Credsol, Coocredi, Ascoob, Credijat, cooperativas de produção e comercialização, organizações sindicais de trabalhadores rurais e da agricultura familiar, como a Contag e a Fetraf-Sul/CUT, e movimentos sociais, ONGs, entre outros.